Com apenas 15 anos de idade atingiu a plenitude dos dons e da graça de Deus. Domingos ofereceu assim à Igreja, isto é, aos cristãos, um modelo de vida simples e acessível a todos: colaborar com a graça de Deus, cumprir com alegria os deveres do próprio estado e dedicar-se com amor aos outros. Foi canonizado por Pio XII em 1957. Provinha de família humilde. Filho de ferreiro com uma costureira. Quando fez a primeira comunhão, aos sete anos, traçou um programa de vida que seguiu escrupulosamente: “Antes morrer que pecar”.
Seu biógrafo são João Bosco, que o teve entre seus alunos por três anos, reconstruiu o perfil dessa alma cândida como um mosaico feito de gestos significativos e iluminados. Aos 10 anos se responsabilizou por um ato que não havia praticado para salvar um colega. Quando o professor teve conhecimento da verdade perguntou-lhe por que havia feito aquilo. Ele respondeu: “Aquele colega tinha muitos precedentes e certamente teria sido expulso da escola, mas eu podia contar com o perdão’’.
Aos doze anos pediu a Dom Bosco que o levasse a Turim, entre os seus alunos. Dom Bosco lhe disse: “Parece que você tem um bom tecido para se fazer uma túnica e oferecer ao Senhor”. Domingos respondeu: “Eu entro com o tecido e você faz o trabalho do alfaiate”. Em outra ocasião disse: “Se não conseguir a santidade, nada terei feito neste mundo’’. Mas: “Como a conseguirei?” São João Bosco responde: “Você necessita mais de coragem que de idade”. Um dia entrou no meio de dois jovens que iam começar uma briga de pedras, e lhes disse: “A primeira pedrada atirem em mim”.
Manifestou o desejo de ser padre, mas pressentia que ia morrer antes. Tendo ficado doente, ao deixar os colegas do colégio, disse: “Tornaremos a ver-nos quando estivermos para sempre com o Senhor”. Um dia, apenas o médico saiu, após muitas visitas, ele convidou o pai para rezar as orações da boa morte. Terminando disse: “Adeus, querido papai, o pároco ainda queria falar comigo, não lembro o quê. Tenho uma linda visão. Que lindo!”. Era 10 de março de 1857.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.