Quem visita o santuário mariano de Montevergine tem a sensação de estar fora do mundo, isto é, tem a sensação de estar num lugar onde os homens podem esquecer o ritmo barulhento do viver cotidiano e imergir na imóvel atmosfera da natureza. Aqui ancorou no longíquo século XII o peregrino Guilherme, à procura de solidão. Guilherme nasceu em Vercelas em 1085 de família nobre. Aos quinze anos, vestiu o hábito monástico, fez peregrinações pela Europa visitando os santuários mais famosos. Última meta de sua peregrinação devia ser a Terra Santa, mas foi dissuadido por são João de Matera, a quem havia visitado, e também porque os ladrões lhe haviam dado grande surra.
Esse providencial incidente levou-o para a desabitada montanha de Montevergine. Daí, após haver criado a Congregação beneditina de Montevergine, em 1128 partiu novamente à procura de solidão no monte Cognato e na planície de Goleto (onde morou por um ano inteiro num buraco de uma árvore gigantesca); a cada passo dele surgiam como límpidas fontes outras fundações monásticas, até que o abade Guilherme fechou os olhos à vida terrena a 24 de junho de 1142 no mosteiro de Goleto. Seu corpo foi transferido em 1807 para Montevergine. Em 1942 Pio XII declarava-o padroeiro principal da Irpínia.
São Máximo, bispo de Turim, que nasceu mais ou menos na metade do século IV no Piemonte e morreu entre 408 e 423, é considerado o fundador da diocese de Turim, erigida pela iniciativa de santo Ambrósio e de santo Eusébio de Vercelas, de quem o próprio são Máximo se declarava discípulo. Do seu grande empenho apostólico dão testemunho os numerosos Sermões e Homilias, escritos com estilo claro e persuasivo, nos quais percebe-se caráter manso e benévolo, que sabe todavia reprovar e advertir com firmeza e às vezes com sutil ironia. Ele exorta seus fiéis, amedrontados pela aproximação do exército dos bárbaros, a empunhar as armas do “jejum, da oração e da misericórdia” e aos medrosos que se apressavam a fugir da cidade diz: “É injusto e ímpio o filho que abandona a mãe no perigo. A pátria é sempre doce mãe”. Quando tratava dos temas de catequese dogmática, sua palavra iluminadora hauria plenamente das páginas da Sagrada Escritura, que interpretava com perfeita ortodoxia.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.