Obra da PAULUS critica modelo sobre teoria e estudo de filmes | Paulus Editora

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22/08/2015

Obra da PAULUS critica modelo sobre teoria e estudo de filmes

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: O corpo cinemático
Autor: Steven Shaviro
Coleção: Filosofia e Comunicação
Acabamento: Brochura
Formato: 13,5 cm x 21 cm
Páginas: 320
Área de interesse: Filosofia, Cinema e Comunicação

O corpo cinemático, de Steven Shaviro é um trabalho transversal, exploratório, baseado na chamada teoria pós-estruturalista, em especial no trabalho de Gilles Deleuze e Felix Guattari

Em O corpo cinemático, Steve Shaviro critica radicalmente o modelo lacaniano atualmente popular nas teorias e estudos dos filmes. E faz isso por um caminho que passa entre Jerry Lewis e Andy Warhol, entre os ícones do sexo gay de Fassbinder e zumbis comedores de carne de George Romero. O autor argumenta contra a ênfase desse modelo obsessivo sobre o falo, a angústia de castração, o domínio sádico, a ideologia e a estrutura do significante. Também explora as questões da cultura popular, o pós-modernismo, a política do corpo, a construção da masculinidade e da homo e heterossexualidade, a natureza e usos da pornografia e da estética do masoquismo.

Embora o título esteja focado nos dilemas da teoria acadêmica contemporânea do cinema – e também contenha leituras detalhadas de um número de obras sobre filmes e diretores recentes –, não se trata exclusivamente de uma contribuição aos estudos do cinema.  Isso porque o título enfoca o pós-modernismo, a política dos corpos humanos, a construção da masculinidade e a estética do masoquismo.
Dessa forma, o livro intervém no debate atual sobre a natureza e o uso da pornografia, sendo uma espécie de manifesto a favor de novas formas de expressão cultural.

A obra baseia-se na chamada teoria pós-estruturalista (em especial no trabalho de Gilles Deleuze e Felix Guattari e rejeita Freud e Lacan), porém busca evitar os chamados vícios acadêmicos típicos do jargão autorreferente, do ofuscamento teórico e da indiferença dos eruditos.

Já na introdução, o autor reforça que O corpo cinemático é uma obra inegavelmente pessoal. Isso porque suas formas de expressão e processos de escrita não podem ser separados das formas e processos cinemáticos – ou, em termos mais amplos, culturais – que lhe dizem respeito e aos quais eles se referem. A explicação vem do pós-modernismo, que dissolve qualquer noção de identidade pessoal fixa ou de um sujeito integral e autossuficiente. A obra também se intitula “pessoal” no sentido de colocar visceralmente, em primeiro plano, respostas afetivas do cinema, em contraste com a preocupação exclusiva da maioria dos críticos, com questões de forma, significado e ideologia. “Todas essas considerações me levaram a criticar e rejeitar o modelo psicanalítico atualmente em voga nas discussões acadêmicas de teoria de cinema”, revela o autor.

Steven Shaviro é professor de Inglês e Literatura Comparada na Universidade de Washington. É autor de Passion and Excess: Blanchot, Bataille, e Teoria Literária, como também de vários artigos sobre a política da diferença, a economia libidinal e teorias da sexualidade.