Mídia e terrorismo na sociedade em rede | Paulus Editora

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30/05/2023

Mídia e terrorismo na sociedade em rede

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: Mídia e terrorismo na sociedade em rede
Autora: Lilian Sanches
Coleção: Comunicação
Acabamento: Brochura
Dimensão: (AXC) 21,00 x13,50
Páginas: 180
Área de interesse: Comunicação

A PAULUS Editora apresenta a obra “Mídia e terrorismo na sociedade em rede”, escrita pela jornalista Lilian Sanches, mais um título da coleção “Comunicação”. A publicação oferece três grandes frentes temáticas que norteiam o avanço narrativo, embasando as reflexões referentes ao jornalismo internacional, à sociedade em rede e ao terrorismo. Esta edição é fruto da dissertação de mestrado da autora, desenvolvida no programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo.

Segundo Lilian Sanches, os ataques terroristas atendem aos critérios de noticiabilidade, evidenciando um forte apelo midiático e interesse coletivo diante desse tipo de acontecimento. Nesta perspectiva, a obra revela ao leitor em que medida e forma a representação midiática da cobertura jornalística dos ataques terroristas ocorridos na África e na Europa Central se desdobra no contexto da sociedade em rede.

Além disso, levando em consideração os padrões de abordagem e as narrativas empregadas, a publicação afirma que a cobertura de ataques dessa natureza influi ativamente no processo de construção da opinião pública, reforçando preconceitos e estereótipos.

Organizado em cinco capítulos, o livro apresenta os temas: “Terrorismo no mundo”, “Mídia e sociedade em rede”, “A cobertura de ataques terroristas: práxis e desdobramentos”, “Estudo de caso: os eventos na França e na Somália” e “Reflexões e possíveis caminhos”.

No decorrer da publicação, o leitor acompanha os principais estudos sobre o terrorismo e sua cobertura jornalística, como a teoria “The Four Waves of Modern Terrorism”, do estadunidense David Rapoport, que sistematizou o fenômeno a partir do conceito de ondas: contextos e períodos históricos que englobam eventos terroristas com objetivos e características comuns e que podem ou não se sobrepor.

A autora faz uma análise de como a nova dinâmica e os valores da sociedade em rede impactaram a prática e o papel do jornalismo, abarcando a convergência e as narrativas transmidiáticas, a partir dos conceitos de Manuel Castells e Henry Jenkins.

Na obra, o leitor poderá aprofundar o papel dos jornalistas como atores sociais, e sua ação na construção da percepção de realidade e memórias e a configuração desses profissionais como comunidades interpretativas, com base no conceito de Barbie Zelizer. Ao final, o livro explana as possibilidades apresentadas pelo jornalismo humanitário e de paz, à cobertura do terrorismo na sociedade em rede, com ênfase nos estudos de Martin Scott, Johan Galtung e Willem Kempf.

Em suma, este conteúdo deseja proporcionar uma melhor compreensão de como a prática jornalística se adaptou à dinâmica da sociedade em rede e procura evidenciar de que forma a construção midiática em torno desses eventos culmina no desenvolvimento de uma percepção social desproporcional diante da realidade dos fatos e na propagação de pânicos morais. Como objetivo final, através da apresentação de dados e fundamentos, o trabalho editorial de Lilian Sanches pretende contribuir para uma mudança de cenário, através de práticas profissionais mais assertivas, antenadas ao papel e à responsabilidade social do jornalismo.

Lilian Sanches é jornalista, mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo e, atualmente, doutoranda do Programa de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de São Paulo. Como pesquisadora, tem trabalhado na área do jornalismo humanitário e de paz, com foco em terrorismo e fenômenos de representação. Acumula mais de dez anos de experiência profissional, cobrindo diversas editorias, como cultura, economia, gestão de cidades, serviços públicos e assuntos internacionais. Em 2019, produziu cinco reportagens especiais para o Jornal da Cultura como enviada internacional para Iraque, Irã e Líbano.