Uma Investigação Sobre o Estado | Paulus Editora

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11/03/2022

Uma Investigação Sobre o Estado

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título:
 Uma Investigação Sobre o Estado
Coleção: Obras de Edith Stein
Autora:  Edith Stein
Acabamento: Brochura
Formato: 13.5 (larg) x 21 (alt)
Páginas: 256
Área de interesse: Filosofia

Como parte da coleção “Obras de Edith Stein”, a PAULUS Editora lança a obra “Uma Investigação Sobre o Estado”, publicada em 1925 por Edith Stein. A publicação conta com a tradução de Maria Christina Siqueira de Souza Campos e revisão técnica e da tradução de Juvenal Savian Filho, que também coordena a coleção. Na publicação, Stein não oferece apenas mais uma interpretação sobre o Estado, mas uma descrição fenomenológica de sua estrutura.

Na apresentação da obra, Ilona Riedel-Spangerberger (in memorian) afirma que com estas investigações, Edith Stein revelou seus conhecimentos filosóficos e sua competência de pensadora, perpassando o campo da filosofia de seu tempo e adentrando no pensamento jurídico e na sociologia.

Com o título original “Eine Untersuchung über den Staat”, o estudo divide-se em dois capítulos principais: “Estrutura ôntica do Estado” e “O Estado sob perspectivas de valor”. O primeiro capítulo, principal e mais extenso, é organizado em três partes e aborda os temas: “A comunidade estatal”, “Estado e direito” e “Configuração concreta do Estado em sua dependência de fatores externos a estrutura estatal”. O segundo capítulo, significativamente mais curto, é subdividido em seis partes, que apresentam os temas: “Significado do Estado para seus membros”, “Estado e justiça”, “Significado do Estado para a comunidade como tal e especialmente para a comunidade de povo”, “Estado e valores éticos”, “O Estado como portador de eventos históricos” e “Estado e religião”.

Os pontos principais das descrições feitas por Edith Stein concentram-se na relação entre indivíduo e comunidade, entre o Estado e o centro de toda a vontade espiritual, o Estado e sua soberania, o Estado e o povo, os direitos dos cidadãos membros do Estado e o Estado como portador ou não da história e, por fim, entre o Estado e a comunidade de valores, entre os quais a religião.

Edith Stein descreve fenomenologicamente o Estado como formação social na qual os seres humanos são integrados como pessoas livres e na qual uma parte deles representa e governa os outros. O ponto de partida são suas experiências políticas próprias para descrever o que é essencial para o Estado. Na ocasião, Stein vai para Gotinga, a fim de dedicar-se aos estudos ao lado do filósofo e pai da fenomenologia, Edmund Husserl e seu assistente particular, Adolf Reinach, de quem aproxima-se acadêmica e pessoalmente.

Essas complexas influências sobre Edith Stein, exercidas pelas diferentes ciências humanas, bem como pelos grandes intelectuais de seu tempo, mas também as experiências políticas e pessoais num período de crises profundas e revoluções sociais na Alemanha, fizeram que a filósofa já possuísse uma personalidade madura, humana e intelectualmente, quando começou a escrever seu trabalho sobre o Estado, sem esquecer, ao mesmo tempo, seu caminho de conversão cristã.

Edith Stein nasceu em Breslávia (na atual Polônia, antigo Reino da Prússia), em 12 de outubro de 1891. Ao estudar psicologia e germanística na Universidade da Breslávia, decepcionou-se com o que considerava uma falta de fundamentação filosófica nas ciências humanas (as ciências do espírito, segundo a nomenclatura da época). Mudou-se, então, em 1913, para Gotinga, a fim de estudar fenomenologia em Edmund Husserl, de quem se tornou umas das mais fiéis seguidoras. Converteu-se do judaísmo ao cristianismo em 1917; em 1933, tornou-se carmelita, recebendo o nome de Teresa Benedita da Cruz, até ser presa pela Gestapo e assassinada em Auschwitz, em 1942. Escreveu “Uma investigação sobre o Estado” entre 1920 e 1924, publicando-a em 1925. É seu último trabalho anterior à conversão religiosa, e, com ele, Edith Stein revela ter atingido a maturidade que tanto buscava no emprego do método fenomenológico e na intimidade com a filosofia fenomenológica.