Ficha Técnica
Título: Direitos Humanos e Doutrina Social da Igreja
Autor (a): Rosana Manzini / Ronaldo Zacharias / (orgs.)
Coleção: Ministérios
Acabamento: Brochura
Formato: 13.5 (larg) x 21 (alt)
Páginas: 336
Área de interesse: Teologia
Obra traz reflexões em torno do princípio fundamental da Doutrina Social da Igreja: a defesa e a promoção da dignidade humana
Publicado pela PAULUS Editora e parte da coleção “Ministérios”, o livro “Direitos Humanos e Doutrina Social da Igreja: Da globalização da indiferença à globalização da sociedade”, organizado por Rosana Manzini e Ronaldo Zacharias, convida o leitor a refletir sobre os diversos elementos globais que violam os Direitos Humanos e o próprio direito de viver dos seres humanos.
De acordo com esta publicação, embora sejam reconhecidos e assegurados por leis e acordos nacionais e internacionais, é visível que no contexto atual, direitos considerados básicos têm sidos violados e negados a boa parte das pessoas e da humanidade e a sociedade mostra-se indiferente a isso. Neste caminho, as primeiras reflexões desta obra compartilham o pensamento do Papa Francisco em seu discurso na Ilha de Lampedusa, no inicio de seu pontificado sobre o tema.
“Onde está o teu irmão? Também hoje nos assoma intensamente esta pergunta: Quem é o responsável pelo sangue destes irmãos e irmãs? Ninguém! Todos nós respondemos assim: não sou eu, não tenho nada a ver com isso; serão outros, eu não certamente. Mas Deus pergunta a cada um de nós: ‘Onde está o sangue do teu irmão que clama até mim? Hoje ninguém no mundo se sente responsável por isso; perdemos o sentido da responsabilidade fraterna”, relata o Santo Padre.
Segundo o Papa Francisco, neste mundo da globalização, as pessoas caem na globalização da indiferença. “Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa”, relata. O tema da indiferença aos problemas alheios se torna algo cada vez mais comum na sociedade contemporânea.
Por esta razão, as reflexões presentes neste livro desejam refazer o caminho de temas importantes e presentes na sociedade. O conteúdo reúne considerações de grandes especialistas e pensadores dos Direitos Humanos que visam fazer ecoar a urgente necessidade de se repensar a humanização e um modo mais solidário de viver em sociedade. Nessa busca da humanização, a Doutrina Social da Igreja também aponta alguns pontos de referência para refletir ações que levem a uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária para todos, partindo da defesa e promoção da dignidade humana, a partir do qual, segundo a obra, se articularão os demais valores e princípios.
O livro está dividido em sete capítulos com os seguintes temas e respectivos autores: “Direitos Humanos: Alternativa humana diante da globalização da indiferença?”, autoria Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga; “Direitos Humanos e Magistérios Pontifício”, texto de Gustavo Irrazábal; “Doutrina Social da Igreja, dignidade humana e libertação das injustiças”, por Maria Isabel Gil Espinosa; “Teologia da libertação e a necessidade de novos Direitos Humanos”, autor Ney de Souza; “Igreja e Direitos Humanos na América Latina – Maria Luisa Aspe Armella; “ Direitos Humanos no Brasil: Promoção humana e defesa da cidadania”, autora Clélia Peretti e, por fim, o tema “Unidade da indiferença nas relações de trabalho: A chave hermenêutica de Francisco”, por Emilce Cuda.
Em cada texto, os autores partem da defesa da dignidade humana e de seus direitos como caminho concreto para humanização, tendo como base a ideia de que Deus criou homem e mulher à sua imagem e semelhança, portanto, enfatizam que o homem é de Deus, assim nada pode atentar contra a sua vida que é dom concedido pelo próprio criador. Entre outras citações da obra aparecem os temas: “direito” ao aborto terapêutico, atos terroristas, guerras no mundo, “direito” a morte digna, globalização da solidariedade, ecologia, indiferença, Direitos Internacional Humanitário (DIH), entre outros.
Nesta perspectiva, a reflexão central desta obra afirma que os Direitos Humanos se ordenam à concepção do bem-comum. Para os organizadores, os Direitos Humanos são sim, uma alternativa para a indiferença existente em todo o mundo.