A Colheita da Mística na Alemanha Medieval (1300-1500) Vol. IV | Paulus Editora

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01/12/2022

A Colheita da Mística na Alemanha Medieval (1300-1500) Vol. IV

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: A Colheita da Mística na Alemanha Medieval (1300-1500) Vol. IV
Autor: Bernard McGinn
Coleção: História da mística cristã ocidental
Acabamento: Brochura
Páginas: 766
Dimensões: 23,00 (a) x 16,00 (c)
Área de interesse: Mística, Espiritualidade

Este volume foca o pensamento místico alemão clássico, de Tomás de Aquino e seu mestre, Alberto, o Grande, ao cardeal Nicolau de Cusa

Dando sequência à coleção “História da Mística Cristã Ocidental”, a PAULUS Editora apresenta o tomo quatro da série “A presença de Deus: uma história da mística cristã ocidental”, do autor norte-americano Bernard McGinn, uma autoridade nos estudos da mística ocidental e pesquisador da mística cisterciense. 

Publicado originalmente em 2005, em Chicago (EUA), esta obra demorou 5 anos para ser produzida, conforme relato do autor no prefácio. A obra é dividida em três partes, “O contexto”, onde McGinn aborda Santo Alberto Magno, Santo Tomás de Aquino e o tema da mística e heresia. Na parte dois, intitulada “Mestre Eckhart e seus discípulos”, o especialista discorre sobre a mística do íntimo, Mestre Eckhart, a filosofia espiritual de Henrique Suso e João Tauler, o lebmeister. Na última parte, “A mística para um povo na Alemanha da Idade Média tardia”, o livro aborda os temas: A difusão da mística na Alemanha da Idade Média tardia, Três tratados sobre a vida mística, os amigos de Deus e Nicolau de Cusa sobre a teologia mística. 

De acordo com o autor, entre 1300 e 1500, há uma extensa produção literária mística na Alemanha, rica em originalidade e alcance. Para McGinn, poucos  períodos na história do cristianismo mostram tal fascínio pela mística.

Os autores estudados neste volume atuaram em sua maioria entre 1300 e 1450. O autor ressalta que esse período é considerado por muitos como um tempo de tribulação para a sociedade e a Igreja no Ocidente. No entanto, também é marcado pela fundação das primeiras universidades na Alemanha imperial e o crescimento das cidades e da classe média urbana, fato que incentivou novas formas de piedade e gerou boa parte do público para a literatura espiritual e mística. Um fato marcante desta época foi a Grande Epidemia, ou a Peste Negra, entre 1347 e 1350, que dizimou mais da metade da população em muitos locais, fato que impactou demográfica, econômica e socialmente.

Este momento da história também se destacou por crises e lutas políticas, como a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra (1337-1453), o conflito entre o papa João XXIl e o imperador eleito Luís da Baviera, que dividiu a Alemanha entre 1324 e 1347 e o Grande Cisma do Ocidente (1378-1417). A publicação ressalta que a necessidade da reforma da Igreja era quase um consenso entre cristãos. 

Segundo McGinn, os místicos apresentados neste tomo não foram revolucionários ou subversivos, não atacando o estado clerical, mas viveram dentro das estruturas da cristandade da Idade Média tardia e consideravam a ecclesia romana como necessário instrumento de Deus para a salvação. “O que os místicos da Alemanha medieval frisavam era que os instrumentos são sempre meros instrumentos. Não devem ser confundidos com a meta, que é encontrar Deus no íntimo e viver dessa estupenda descoberta”, conclui. 

Bernard McGinn (1937) é um teólogo, historiador e estudioso da mística medieval, considerado por muitos o mais proeminente acadêmico da área na tradição cristã ocidental. Lecionou por um ano na Catholic University of America antes de juntar-se ao corpo docente da Divinity School, na Universidade de Chicago, onde atua como professor emérito. Pela PAULUS Editora, publicou as obras: “As fundações da mística – Das origens ao século V”, “O desenvolvimento da Mística de Gregório Magno até 1200” e “O Florescimento da Mística: Homens e Mulheres da Nova Mística (1200-1350)”.