Profetas Bíblicos - Habacuc | Paulus Editora

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Bíblia

04/05/2015

Profetas Bíblicos – Habacuc

Por Nilo Luza

Pouco ou nada sabemos sobre a pessoa do profeta Habacuc.  O livro nada indica sobre a data e o lugar da missão nem fala nada de seu autor. Outros escritos da Bíblia hebraica não dizem algo de explícito sobre a vida do profeta. Provavelmente atuou no final do século 7º e talvez início do século 6º, em Judá. Época em que a Assíria estava em decadência e a Babilônia surgindo como potência. Ele teria presenciado o fim do Reino de Judá, quando a Babilônia invadiu e destruiu Jerusalém e o templo e deportou o povo para a Babilônia.

Ele descreve e interpreta esse acontecimento histórico repleto de consequências para o Reino de Judá. Foi contemporâneo de Jeremias.

Habacuc é um dos menores escritos proféticos e pode ser estruturado em três partes: 1) o grito do profeta contra a violência da elite de Judá e contra a Babilônia; 2) cinco “ais” contra os opressores do povo; 3) Javé é o Senhor da história. Dentro dessa estrutura, ele traça um plano de resistência para que o “povo justo” compreenda as causas da situação e, ao mesmo tempo, proceda a uma ação que traga esperança de transformação.

Diante da situação difícil em que o povo está vivendo, o profeta se pergunta o que fazer. Uma coisa, porém, o profeta propõe: o justo não deve nem pode ser uma pessoa passiva dentro da história, mas sujeito ativo e transformador.

As situações internas e externas da nação podem colocar em xeque a própria comunidade e sua relação com Deus. Em base a isso, o autor coloca como cerne do seu livro a fidelidade. “O justo viverá por sua fidelidade” pode ser colocada como mensagem central do livro.

Através da fidelidade ao projeto de Deus, o justo encontra o seu lugar na história e nela procura introduzir novo caminho para a construção da comunidade.

Os pobres e oprimidos de todos os tempos podem encontrar no profeta Habacuc um caminho novo e uma luz que ilumine e esclareça o seu papel e a sua ação dentro da história, descobrindo a razão para a resistência e para a esperança. “É através do ser e da ação do justo que Deus julga o opressor e liberta o oprimido”.

O autor condena a crueldade da Babilônia e a violência do seu exército, que trazem sofrimento ao povo. Os que sofrem as consequências dessa situação são chamados a ser agentes transformadores na história, opondo-se corajosamente aos que são injustos. Isso será possível se a pessoa for fiel ao projeto de Deus e se estiver vigilante na realização da justiça.

3 comentários

1/10/2016

Saulo da Silva Reis

Nos dias do hoje ao qual estamos vivendo, almejamos profetas igual a Habacuc diante de tantas injustiças cometidas,ter a coragem não só de anunciar, mas também de denunciar.

5/10/2016

wagner

Realmente, caro Saulo, o profeta cansado de ver tanta iniquidade clama a Deus que consola e o alivia, pois há um tempo para tudo isso acabar. Necessitamos e esperamos viver em um mundo melhor e mais fraterno, onde as pessoas enxerguem seus semelhantes como tal. Chega de violência!

18/9/2017

glaucio

eu entendo diferento porque no capitulo 3 ele depoi de entender que iria piora ele diz aviva tua obra,,,,,