Lançamento da PAULUS, o livro infantojuvenil Ioiô, de autoria de Belise Mofeoli, reuniu na tarde do último sábado (20/02), no espaço da livraria Cortez, no bairro de Perdizes—SP, muitos convidados, entre eles profissionais da área da assistência social, famílias, professores e interessados no tema da adoção.

A autora falou aos convidados sobre os motivos que a levaram a escrever a obra. Belise relatou que pensa no tema desde a infância e que, certa vez, num café, se deparou com uma notícia de crianças que haviam sido adotadas e, depois, devolvidas, o que a deixou profundamente triste. Ela conta que ficou aliviada depois de escrever a obra.

O livro de ficção se desenvolve pela narração de uma das crianças de um abrigo. A história caminha entre as lembranças de parentes, amigos e das coisas que ocorrem no lugar. Entre elas, está a angústia das crianças que esperam por novos pais, ou mesmo a dos adotados, que foram morar com outras famílias, mas que em seguida foram devolvidas. O evento também contou com a presença de famílias que participaram de um documentário sobre o livro e passaram por experiências reais de adoção. A autora relata que adoção é amor por opção. “Não acredito em amor incondicional; acredito que o amor está condicionado à dedicação que um dá ao outro. O amor é um exercício”.

Além do livro Ioiô, Belise escreve também histórias para os adultos. A autora prefere abordar assuntos que dificilmente os adultos costumam falar com as crianças. Para ela, alguns temas são necessários para a realidade. Apaixonada pela psicologia junguiana, Belise parte de quadros psicológicos. Segundo ela, o livro é um brinde para o amor e é indicado a todos, em especial para famílias, assistentes sociais, professores, psicólogas e pedagogas. “Espero que as pessoas percebam o quanto é bacana ter sido adotado, e que as pessoas que querem ter um filho também pensem na adoção”.

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