Para celebrar a “Romaria de Finados”, conheça a obra “Padre Cícero de Juazeiro”, publicada pela PAULUS Editora | Paulus Editora

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28/10/2022

Para celebrar a “Romaria de Finados”, conheça a obra “Padre Cícero de Juazeiro”, publicada pela PAULUS Editora

Por Imprensa


Entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, a região de Juazeiro do Norte (CE) recebe milhares de romeiros e peregrinos que participam da “Romaria de Finados”. Neste ano, o evento tem como tema: “Padre Cícero, modelo de escuta a Deus e aos clamores do povo” e lema: “A esperança não decepciona.” (Rm 5,5). Este momento celebrativo é uma das festividades religiosas mais conhecidas do país e acolhe devotos do Padre Cícero Romão e Nossa Senhora das Dores. Neste ano, de modo especial, a notícia da abertura do processo de beatificação de Padre Cícero deve motivar ainda mais os devotos a renderem graças por esta personalidade tão querida e venerada. 

Para conhecer a biografia de Padre Cícero Romão, a PAULUS Editora indica a obra “Padre Cícero de Juazeiro”, escrita por Pe. José Comblin, falecido em 2011. Cícero Romão Batista nasceu na cidade do Crato, estado do Ceará, no dia 24 de março de 1844. Desde pequeno, chamava a atenção dos adultos por seu gosto pela oração. Ainda jovem, sentiu-se atraído pela vocação sacerdotal. Com 26 anos, Cícero conclui os estudos, sendo ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1870. Iniciou seu ministério sacerdotal no Crato. Convidado para atender confissões e fazer algumas pregações, no dia 11 de abril de 1872 chegou a Juazeiro, e ali ficou mais de 60 anos.

Segundo a obra relata, padre Cícero viveu em pobreza, nada recebia pelos sacramentos que administrava e vivia de esmolas dos comerciantes e pessoas locais. “Em poucos anos, adquiriu a fama de um sacerdote dedicado inteiramente ao povo, sempre disponível, sempre desinteressado, atento, despretensioso, bom conselheiro, impecável na sua vida pessoal, fiel rigorosamente ao seu voto de castidade, aceitando trabalhar na capelania mais miserável da diocese”, destaca o autor. Assim, Juazeiro foi se tornando refúgio dos pobres, o oásis de milhares de romeiros que buscavam alívio  para seus sofrimentos e opressão. Padre Cícero faleceu no dia 20 de julho de 1934.

No capítulo “O milagre”, Comblin fala de um caso importante na vida de padre Cícero. Segundo o teólogo, uma mulher muito piedosa, ao receber a comunhão, caiu sem nenhuma explicação. No mesmo momento, a hóstia foi ao chão inteiramente tingida de sangue. O mesmo fato repetiu-se todas as quartas e sextas-feiras da Quaresma, e, depois disso, a partir do Domingo da Paixão até o dia da Ascensão, voltou a ocorrer 47 vezes. “Na mente do padre Cícero e de todos os assistentes, não havia dúvida: o sangue que aparecia na hóstia e que manchava os panos sobre os quais se depositava a hóstia era o próprio sangue de Cristo”, conta.

Na época, o fato chamou a atenção da Igreja, e medidas severas foram tomadas contra o sacerdote. De acordo com o autor, até poucos anos atrás ele foi considerado pelo clero como indivíduo sem uso de ordens, excomungado e rebelde. “A grande mudança veio com a chegada do atual bispo emérito do Crato, dom Fernando Panico, em 2001. Dom Fernando atribuiu à intercessão de padre Cícero a cura de um câncer aparentemente incurável e tornou-se o seu grande defensor, introduzindo em Roma o processo de reabilitação do padrinho do Nordeste. 

Recentemente, em 20 de agosto de 2022, Dom Magnus Henrique Lopes anunciou que o Vaticano autorizou a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista, que agora torna-se então Servo de Deus.