( Prof. José Benedito de Almeida; Prof.Giovanni Vella e o Prof. Luís Paulo Neves)

O lançamento da PAULUS, Introdução à Mitologia, de autoria de José Benedito de Almeida Junior, reuniu na noite desta quinta-feira (19/03), no auditório da FAPCOM (Faculdade PAULUS de Tecnologia e comunicação) muitos convidados, entre eles estudantes do curso de Filosofia, professores, psicólogos, religiosos e interessados no tema.

O encontro possibilitou um debate entre o autor da obra, o Prof. José Benedito de Almeida e o professor de Filosofia Giovanni Vella. A discussão foi mediada pelo Prof. Luís Paulo Neves, atual coordenador do Curso de Filosofia da FAPCOM.

Segundo José Benedito, o objetivo principal do livro é ser uma introdução aos estudos mitológicos. Em relato, o autor diz que a preocupação da obra é atender tanto os veteranos no assunto, quanto as pessoas interessadas em um primeiro contato com a mitologia. Dessa forma, o conteúdo traz toda a riqueza bibliográfica e dá oportunidade aos leitores de estudar e compreender uma mitologia específica ou de alguns arquétipos mitológicos.

Ainda segundo ele, é preciso fugir de uma cultura eurocêntrica e o livro permite estudar a mitologia de qualquer povo do planeta, sem estar centrado em uma cultura europeia. Com isso o autor trouxe no debate, uma visão de que a mitologia não é exclusivamente greco-romana. Para ele, mitologia são histórias sagradas e todos os povos da terra produzem, produziram e produzirão novas mitologias.

Entre as questões levantadas pelos participantes, e em uma abordagem psicológica, José Benedito falou da importância dos mitos na superação de conflitos internos e dos entraves das diferentes etapas da vida pelo qual o ser humano passa, como a infância para a adolescência, juventude para a vida adulta, casamento, filhos e a dura realidade com a morte.

A discussão também abordou o problema do homem contemporâneo, do mundo moderno que, segundo ele, impõe um projeto de razão, excluindo os mitos. A consequência desses fatos é uma sociedade marcada, por muitas doenças psicológicas, psicoses e neuroses. Com isso o homem perde suas referências e acaba se tornando membro de uma sociedade materialista, violenta e consumista.

Como exemplo, o autor citou os mitos dos heróis e heroínas, que passam por situações difíceis e superam. Segundo o autor, quem entende que o mito é apenas uma narrativa lendária, uma história inventada, fica sem orientação nos momentos de dificuldade. Para ele “mitos narram sempre a verdade, aquilo que são histórias incríveis, que se devem tratar como realidade, talvez não realidade física, mas como realidade psíquica”.

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