4 de fevereiro – 5º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
4 de fevereiro – 5º Domingo do Tempo Comum

TOCADOS, LIBERTADOS, SERVIDORES

No tempo de Jesus, a doença era considerada castigo de Deus por algum pecado cometido ou então possessão por um espírito maligno. Nesse modo de ver a doença estava também um modo de compreender a Deus: um Deus que castiga e faz os doentes sofrer ainda mais, relegando-os ao grupo dos “pecadores” e “impuros”. O Deus de Jesus, no entanto, é o contrário disso.

Agindo, Jesus revela quem é seu Pai. Jesus não fica parado: sai e entra, age de manhã e pela tarde, reza de madrugada. Sabe se relacionar e ficar sozinho para rezar. Entra nas casas e cria laços de intimidade familiar. Vai às aldeias, quer chegar a todos, aliviar a dor dos sofredores. Sobretudo, age a partir do que ouve e vê. Ele se aproxima da sogra de Pedro, que está doente, e, segurando-lhe a mão, ajuda-a a levantar-se. Seu Pai é o Deus que vem para perto, liberta, cura e purifica.

Enquanto os líderes religiosos de seu tempo estavam mais preocupados com o pecado, com a impureza e com o perigo de contágio do mal, Jesus mostra que nada do que é tocado por Deus e por sua bondade pode se tornar impuro. O único contágio de mal existente está no preconceito e numa visão equivocada que deseja limitar a infinita bondade de Deus à mesquinhez do egoísmo humano.

É essencial, para nós, saber ler em profundidade o que Jesus faz. Ele não é um milagreiro, não quer popularidade fácil. Não vem fazer mágica, e sim inaugurar o Reinado de seu Pai. Nesse Reinado, o Mestre nos ensina o compromisso com a restituição da saúde e da vida, com a libertação de tudo o que impede as pessoas de serem sujeitos da própria história.

Quem se deixa tocar por Jesus, tal como a sogra de Pedro, é transformado, libertado, e se põe a serviço. Liberta-se de todas as amarras, também as do preconceito, e ajuda Jesus a continuar o grande milagre da vida. Continuemos também nós a nos deixarmos tocar por Jesus, para que ele nos cure, liberte e nos dê a graça de poder servi-lo, servindo os mais necessitados.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

Assinar