28 de fevereiro: 3º Domingo da Quaresma | Paulus Editora

O Domingo
28 de fevereiro: 3º Domingo da Quaresma

O RISCO DE UMA VIDA ESTÉRIL

 O evangelho de hoje nos põe diante do comentário de Jesus sobre a morte de alguns galileus e o acidente da torre de Siloé, quando aproveita para contar a parábola da figueira estéril. Os dois trechos falam da mesma realidade: a necessidade e a urgência da conversão, tema muito acentuado neste tempo da Quaresma.

Os acontecimentos narrados não são castigo de Deus, mas podem ensejar o chamado à mudança de vida. As pessoas que morreram não são mais pecadoras do que as que não foram atingidas pelos fatais infortúnios. Deus não é vingativo nem se alegra com a morte do pecador, mas torce pela sua conversão e vida.

A parábola da figueira estéril revela a misericórdia e a paciência de Deus. Sim, ele aceita a proposta do agricultor e lhe oferece mais tempo para que produza frutos. É tempo de conversão, é tempo de produzir frutos de bondade, de tolerância, de perdão, de paz e de solidariedade.

O grande risco que nos ameaça é uma vida estéril, sem perspectivas, sem aspirações nem avanços. Sem nos dar conta, optamos por caminhos que alimentam o individualismo, a autorreferencialidade: lucrar, acumular, consumir.

A religião deve mudar nosso coração, transformar nossa vida. É muito fácil viver uma religião sem compromisso, uma religião de “mel com açúcar”. Não podemos tornar o projeto de Jesus num cristianismo estéril. Fazemos parte da criação de Deus; por isso, somos chamados a ser também responsáveis por construir um mundo sempre melhor, humano, tolerante e sem ódio. Se não produzimos frutos que enobrecem a vida, somos “figueira estéril”. Aí Jesus nos questiona: que sentido tem estarmos inseridos na obra do criador?

Vivendo a vida cristã de maneira superficial, desfrutamos a graça de Deus
sem colaborar com sua obra. Tempo de Quaresma é tempo de conversão!

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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