O Evangelho de hoje apresenta-se em forma de diálogo. Jesus foi entregue a Pilatos. Este questiona se ele é o rei dos judeus. Jesus responde: “Estás dizendo isso por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?” Pilatos, com menosprezo, retruca, perguntando se acaso é judeu para saber, e aproveita para eximir-se, indicando que Jesus foi entregue pelo seu povo e pelos sumos sacerdotes.
Na sequência, Jesus afirma, por duas vezes, que seu Reino não é deste mundo, pois, do contrário, seus guardas lutariam para que não fosse entregue aos judeus. Pilatos ouve, mas não entende. Novamente, pergunta se Jesus é rei. Jesus reafirma que nasceu e veio para dar testemunho da verdade, e que todo aquele que é da verdade escuta sua voz.
Nesse contexto, Jesus é conduzido à morte, dando testemunho da verdade. Sua verdade concretiza-se no amor pelo ser humano. Ele nos ensina que seu Reino é da verdade e da vida; que o amor é capaz de salvar todo aquele que acredita na verdade e a vive; que seu Reino nos santifica – por ser da graça, da justiça e da paz.
Neste dia nacional do laicato do Brasil, os cristãos leigos e leigas são reconvocados e incentivados a testemunhar esse ensinamento de Jesus no dia a dia. Nas palavras do papa Francisco: “Como homens e mulheres do tempo e da história e em culturas diversas, manifestam a presença de Cristo a todos e trazem na própria vida o testemunho de sua verdade”.
A vivência da sinodalidade nos anima, nos motiva a esperançar diante dos desafios da sociedade e nos indica o primeiro compromisso de um processo sinodal pensado como dinamismo de escuta recíproca, conduzido em todos os níveis da Igreja, envolvendo todo o povo de Deus, na escuta do Espírito Santo. Às portas do ano jubilar, somos chamados a ser peregrinos de esperança!
Patrícia Cabral
Secretária adjunta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB)
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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