24 de dezembro – MISSA DA NOITE DO NATAL DO SENHOR | Paulus Editora

O Domingo
24 de dezembro – MISSA DA NOITE DO NATAL DO SENHOR

GRANDE ALEGRIA PARA O POVO

Jesus vem para todos os povos, e o Evangelho de Lucas faz questão de situar o nascimento dele na realidade maior do Império Romano. O imperador Augusto havia ordenado o recenseamento de todo o império, sobretudo para organizar a cobrança de impostos. José e Maria são, então, obrigados a ir a Belém para se inscrever. E na precariedade da viagem, sem que os pais pudessem pagar um espaço na hospedaria, Jesus nasce num estábulo e uma manjedoura lhe serve de berço. O “Salvador, Messias e Senhor” não nasce em palácio; aliás, nem sequer um teto ele encontra, precisando dividir o espaço destinado aos animais. Não nasce em Roma, a capital dos romanos, nem em Jerusalém, a capital dos judeus, mas em Belém, uma aldeia periférica da Judeia. Assumindo a condição humana, o Filho de Deus, desde o nascimento, experimenta a pobreza e a falta de um teto. Mais que solidarizar-se com os pobres e necessitados, Deus se faz ele mesmo pobre e necessitado.

Os primeiros a saber do nascimento de Jesus, pelo anúncio do anjo, foram os pastores: gente pobre, analfabeta e marginalizada. Essa segunda cena dá o significado do acontecimento. O nascimento de Jesus é uma boa notícia de alegria para todo o povo: o Messias dos pobres havia chegado e podia ser encontrado numa manjedoura, como frágil criança recém-nascida.

O louvor do exército celeste que se junta ao anjo convida-nos à gratidão e ao compromisso. Gratidão a Deus por se aproximar tanto da humanidade, fazendo-se um de nós, e o menor de todos: no Filho recém-nascido, e em toda vida humana, Deus é glorificado; e compromisso de construir a paz na terra, solidarizando-nos com os menores e sofredores, com as crianças que ainda hoje nascem na miséria de condições materiais, com as famílias que não têm um teto para chamar de lar.

Que a alegria de celebrar o Natal comova nosso olhar e nos leve à solidariedade e ao compromisso com os menores e mais frágeis, como disse o papa Francisco: “Deixemo-nos atrair com alma de crianças ao presépio, porque ali se compreende a bondade de Deus e se contempla sua misericórdia, que se fez carne humana para comover nosso olhar”.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

Assinar