23 de julho – 16º DO TEMPO COMUM | Paulus Editora

O Domingo
23 de julho – 16º DO TEMPO COMUM

A PACIÊNCIA DE DEUS

No capítulo 13 de Mateus, encontramos o ensinamento de Jesus por meio de parábolas. A linguagem que Jesus utilizava era entendida muito bem pelo povo da roça. Os discípulos, porém, nem sempre compreendiam e, por isso, pediam explicações ao Mestre, como no caso da parábola do trigo e do joio.

O texto (completo) de hoje traz três parábolas: a do trigo e do joio, a da semente de mostarda e a do fermento. Nossa reflexão se concentra na primeira. Nesta, Jesus ensina sobre o Reino de Deus com base em imagens da vida agrícola e familiar. Tal parábola pode servir como questionamento sobre o porquê do mal. Jesus critica a pressa dos discípulos e das comunidades cristãs em querer separar bons e maus, justos e injustos. Deus aguarda a conversão dos corações.

Muitos inimigos do povo continuam a semear o joio no meio da semente boa do Evangelho. Jesus os identifica como “falsos profetas”. Nem sempre é fácil distinguir entre o que é bom e o que é mau. Há pessoas que se dizem “do bem”, mas são grandes inimigas do povo. O Mestre nos dá uma indicação precisa para fazer a distinção: pelos frutos se distingue o bom profeta do falso.

Todos carregamos em nós joio e trigo ao mesmo tempo. Ninguém pode pretender ter a exclusividade do bem, apontando nos outros a origem do mal e assim propagando a sociedade da intolerância e do ódio. Não nos cabe fazer a triagem, adiantando-nos para eliminar o que consideramos joio. Nas comunidades também podem existir pessoas que se dizem “do bem” e julgam ser donas da verdade.

O joio (o mal) se propaga à medida que os autênticos seguidores de Jesus vivem apáticos e indiferentes àquilo que acontece na sociedade. Em todos nós há algo que precisa ser queimado (joio) e algo a ser cultivado (trigo). Deus aguarda nossa decisão de transformar o coração de pedra em coração humano, sensível às necessidades do próximo.

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

Assinar