23 de agosto: 21º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
23 de agosto: 21º Domingo do Tempo Comum

A QUEM IREMOS SENHOR? (Ano da Vida Religiosa Consagrada)

Não poucos cristãos hoje são resistentes aos ensinamentos de Jesus. As exigências feitas por ele aos seus discípulos parecem excessivas.

O Quarto Evangelho, escrito por volta do ano 100 de nossa era, revela os desafios vividos pelos seguidores de Jesus. A comunidade joanina estava ameaçada pelas perseguições do império romano e dos judaizantes, como também por tendências filosóficas que relativizavam a realidade da encarnação e o mandamento do amor como projeto de vida.

Logo no início do evangelho, os discípulos são convidados a seguir o “cordeiro de Deus”, símbolo da total doação, alimento, pão (cf. Jo 1,36). Esse seguimento inclui a relação de intimidade com Jesus: “‘Onde moras?’ ‘Vinde e vede’; foram, viram e ficaram com ele” (Jo 1,39). Experiência fundadora do seguimento.

Seguir Jesus “cordeiro de Deus”, que se faz alimento, se faz proposta de vida, é “linguagem muito dura” (Jo 6,60). Origina-se forte crise no grupo dos discípulos. Muitos abandonam. O programa exposto por Jesus, suas opções e ações, fazer-se também “cordeiro”, provoca em muitos rejeição decidida. Jesus pergunta aos “doze” qual a sua opção. Parece que está disposto a ficar só antes de renunciar ao projeto do Pai.

A reação de Pedro é emblemática: Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos e reconhecemos que tu és o consagrado, o santo de Deus (Jo 6,67-69). Pedro é porta-voz dos doze e de todas as pessoas cuja opção de vida é o seguimento de Jesus, numa forma radical. Aqui se situa a Vida Religiosa Consagrada, pessoas seguidoras do Cordeiro de Deus, cuja proposta de vida é a entrega sem reservas, que continuam a proclamar: A quem iremos Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna”. Uma proclamação a “despertar o mundo”, conforme o apelo do papa Francisco.

Ir. Zenilda Luzia Petry, ifsj


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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