2 de agosto: 18º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
2 de agosto: 18º Domingo do Tempo Comum

JESUS SACIA A FOME E A SEDE

Parece que a multidão não entendeu muito bem o gesto da multiplicação ou da partilha realizado por Jesus: foi visto apenas como saciedade da fome biológica. Por isso, o evangelho introduz o discurso de Jesus sobre o pão da vida, pronunciado na sinagoga de Cafarnaum: “Trabalhem pelo alimento que dura para a vida eterna, alimento que o Filho do homem dará a vocês”. A multiplicação deve ser vista como sinal: o acesso ao pão de cada dia conduzindo ao compromisso com Jesus e seu projeto.

Cada um procura Jesus por um motivo ou outro. Mas devemos evitar procurá-lo apenas quando temos alguma dificuldade pessoal, para satisfazer apenas “a minha” necessidade, para resolver “o meu” problema.

Sabemos que o pão material é importante para a sobrevivência e uma necessidade básica do ser humano. Mas a pessoa carece de algo mais, de outro alimento: aquele que Jesus nos oferece, que sacia a fome de vida. Não se pode investir apenas no transitório, no perecível, no que não cria raízes nem consistência e, por isso, deixa a pessoa fragilizada e prostrada diante de qualquer adversidade. É preciso investir no essencial, naquilo que humaniza, torna a pessoa firme no seguimento de Jesus e solidária com os outros em suas necessidades.

Entrar na barca significa seguimento e convivência com os outros que estão nela. Entrar na barca com Jesus não significa apenas participar de algumas celebrações semanais ou rezar o terço de vez em quando. Entrar na barca é trilhar os passos de Jesus e com Jesus; é alimentar-nos do alimento da vida eterna que ele nos oferece. Alimento que sacia definitivamente nossa fome de justiça, paz, esperança, solidariedade e fraternidade.

Jesus é o pão da vida eterna, o alimento que não perece, que nos comunica Deus, nos abre ao seu amor e nos leva a amar os irmãos e as irmãs. A fé é a porta de entrada nesse dinamismo.

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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