1º de outubro: 26º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
1º de outubro: 26º Domingo do Tempo Comum

CAMINHO DE JUSTIÇA

Ao chegar a Jerusalém, Jesus vai ao templo e de lá expulsa os comerciantes. Em seguida, no próprio templo, cura cegos e coxos, mostrando assim que a religião de seu tempo, em vez de ajudar as pessoas a se aproximarem de Deus e a criar fraternidade, havia se transformado em exploração dos mais pobres e sofredores. Era uma figueira que já não produzia fruto.

A parábola dos dois filhos fala da vinha, que representa o povo de Deus. Jesus acusa as lideranças do seu tempo (sacerdotes e anciãos) de não fazerem a vontade do Pai, o dono da vinha. Elas não trabalham para que a vinha produza frutos. Falam e não fazem. Prometem e não cumprem. Conhecem bem a Lei de Deus, mas acabam se perdendo em teorias e regras, longe do “caminho de justiça” do Reino. Pois estas mesmas lideranças haviam transformado a lei do êxodo, lei de fraternidade e vida para todos, em pesado fardo de normas e regras de pureza e impureza, de mérito e castigo, que aumentava ainda mais a aflição dos que já sofriam com a doença e o preconceito.

São aqueles considerados malditos, cobradores de impostos e prostitutas, os que entram antes no reino de Deus. São eles que reconhecem a ação de Deus em João Batista, o qual chamava à mudança de mentalidade, ao caminho de justiça que é a vida nova que Jesus vem trazer.

Entrar no reino de Deus, portanto, é reconhecer-se pecador e converter-se, mudar de mentalidade. É superar a justiça da Lei para chegar, pela fé, à justiça do Reino. Justiça que é inseparável da bondade, da misericórdia e das atitudes concretas.

A parábola de Jesus continua sendo um alerta para nós. Afinal, estamos
assumindo na pr
ópria vida a vontade de Deus com atitudes concretas? O modo como vivemos a religião ajuda os que mais sofrem a se aproximarem de Deus e sofrer menos? Para as lideranças religiosas, políticas ou de qualquer tipo, o alerta é ainda mais sério: se não olharem e seguirem os “malditos pecadores” que se convertem, não entrarão no reino de Deus.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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