NOSSAS AÇÕES ECOLÓGICAS PÚBLICAS E PRIVADAS
O evangelho de hoje nos pede discrição em nossas ações. A prática da oração, da solidariedade traduzida na ajuda aos mais vulneráveis, até mesmo o jejum feito para nos colocarmos diante de Deus de corpo e alma abertos, não precisam ser públicos. Jesus pede que não “toquemos trombetas”, alardeando o que podemos fazer em particular. Deus vê, isso nos basta.
No trato com questões socioambientais sobre as quais a Campanha da Fraternidade nos convida à reflexão, muitas de nossas ações podem ser em particular, sem que ninguém nos veja. É o cuidado de diminuir o uso de materiais descartáveis, o jeito de fechar uma torneira, o apagar da luz acesa à toa, separar o lixo, evitar sujar as vias públicas e assim por diante. É uma conversão pessoal, ecológica, uma dimensão de nossa fé.
Apesar disso, muitas vezes a realidade nos provoca a ações públicas. Não para sermos vistos e aplaudidos, mas para ajudarmos na conscientização sobre o bem comum.
Uma cena chamou a atenção de todo o planeta na Copa do Mundo realizada no Brasil. Depois de um jogo, quando o estádio ficou vazio, um grupo de japoneses começou a recolher todo o lixo deixado pela plateia. Certamente eles não estavam querendo dar lição de educação a ninguém, mas é da cultura deles manter os ambientes limpos. Portanto, embora estivessem longe de seu país e tal atitude não fosse sua obrigação, eles limparam o
estádio.
Assim é exigido de nós nos dias de hoje. Não precisamos publicar tudo que fazemos em Facebook, WhatsApp ou outras redes sociais. Fica até ridículo. Mas a própria Igreja insiste que utilizemos esses meios de comunicação para divulgar o que é bom, o que constrói, o que edifica a paz e a justiça.
Nesta Quarta-feira de Cinzas, peçamos o dom do discernimento do Espírito Santo, para sabermos o que convém ser publicado e o que devemos fazer no silêncio do nosso quarto e do nosso coração.
Roberto Malvezzi (Gogó)
Assessor da CF/2017
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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