MÃE DE DEUS E DOS PEQUENOS
O ano se abre com a solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, quando também se celebra o dia mundial da paz. Na oitava do Natal, a festa da Mãe de Deus nos convida a voltar novamente os olhos e o coração para o menino recém-nascido em Belém. Ele é o Deus que se faz humano na pobreza, na manjedoura que supre a falta de lugar na sala. Deus se faz pequeno e pobre, é Rei que nasce longe do luxo dos palácios, é Senhor que caminha com os simples e sofredores.
Não por acaso, os primeiros que receberam o anúncio do nascimento de Jesus foram os pastores: gente marginalizada, porque não tinha condição de cumprir todas as exigências da Lei do Antigo Testamento. Aliás, desde o início, o evangelho narra a história dos pequenos e marginalizados que se alegram e ficam maravilhados com a presença e a ação de Deus, que se faz pobre como eles.
Aqueles pastores, atentos ao anúncio do anjo, encontram Jesus e ficam maravilhados. Voltam glorificando e louvando a Deus pelo que tinham visto e ouvido. Eles nos fazem pensar na importância de estar atentos ao que Deus nos fala hoje, de nos abrirmos ao encontro pessoal com Jesus e nos deixarmos transformar por ele. Afinal, como o encontro com Jesus se manifesta concretamente em nossa vida pessoal e comunitária?
Maria, por sua vez, é a mãe que guardava no coração tudo o que acontecia com Jesus e meditava sobre esses fatos. Ela nos ensina a acolher o projeto de Deus mesmo quando nem tudo é claro, mesmo quando Jesus (cujo nome significa “Deus salva”) parece estar distante, alheio aos nossos problemas.
O Deus que se faz ser humano continua vindo a nós pela via da simplicidade e do aparente fracasso. Reconhecê-lo e acolhê-lo nos pequenos de hoje é, a exemplo de Maria, recordar o que Jesus fez e falou, para então continuar dando glória a Deus e ajudar na construção da paz.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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