19 de abril: 3º Domingo da Páscoa | Paulus Editora

O Domingo
19 de abril: 3º Domingo da Páscoa

DIFICULDADE EM ACREDITAR

Jesus ressuscitado continua aparecendo aos apóstolos e discípulos nesse final do Evangelho de Lucas. Aos discípulos ainda medrosos e com dúvidas no coração, o Ressuscitado lhes mostra os sinais da crucificação e come com eles para tirá-los de sua incredulidade.

Ao aparecer inesperadamente à comunidade reunida, Jesus lhe deseja a paz: “paz para vocês!” – desejo de plenitude de vida. Assustam-se e pensam ver um espírito. A resposta: Um espírito não tem carne nem ossos como estão vendo. As comunidades lucanas entenderam muito bem que o nosso Deus não é apenas um espírito – ou então um fantasma. O Ressuscitado tem carne e ossos e tem fome – é o Crucificado que permanece entre nós com as marcas dos cravos –, não é um Deus desencarnado, alguém que não tem nada a ver conosco.

As primeiras comunidades iniciaram sua caminhada na fé e no testemunho do Ressuscitado em meio a dúvidas e incertezas. Mas, aos poucos, foram crescendo e amadurecendo na fé e no compromisso com Jesus. Aos poucos, ele foi lhes abrindo a mente para compreenderem tudo o que estava acontecendo e assim se tornarem suas testemunhas. Crer no Ressuscitado não é algo que acontece de forma mágica, de um dia para o outro. É um processo que nos amadurece aos poucos.

Lucas nos apresenta um método de evangelização muito caro no seu evangelho: a mesa da partilha, a comensalidade. Na partilha do pão, Jesus é reconhecido. O Ressuscitado marca sua presença na comunidade reunida que celebra, partilha a palavra e o pão; na família unida em torno da mesa farta; nos grupos organizados em defesa da vida; nas políticas públicas em prol da superação da fome e da miséria. A nova humanidade inaugurada com a Páscoa do Ressuscitado e que acredita na ressurreição é humanidade comprometida com a transformação, que busca superar a fome, a miséria, o ódio e os preconceitos.

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

Assinar