PERDÃO SEM LIMITES
A vida terrena de Jesus e o seu ensinamento foram marcados pelo perdão generoso, incondicional e sem limites.
Se somos nós a errar e ofender alguém, ele deixou claro como é fundamental reconhecer a própria culpa e pedir perdão. Mas o que sempre pedimos a Deus na oração do pai-nosso nos leva a pensar sobre como agimos quando são os outros a nos ofender: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Jesus diz que não basta perdoar sete vezes. Sete é um número simbólico, que faz pensar num perdão generoso e perfeito, porém limitado. O Mestre ensina um perdão sem limites, um perdão de perder a conta.
Deus certamente não nos perdoa com a medida que nós usamos para
perdoar, pois seu perdão será sempre infinitamente superior ao nosso. A “enorme fortuna” da história são dez mil talentos, toneladas de ouro. Trata-se de quantia bastante desproporcional aos cem denários, menos de trinta gramas de ouro, que o escravo não consegue perdoar ao companheiro. Somos perdoados por coisas tão graves, por faltas tão sérias, e podemos não conseguir perdoar por tão pouco.
Mas, se não somos nós a limitar o perdão de Deus, a questão é: será possível sentirmos o perdão incondicional de Deus para conosco se não conseguimos perdoar a quem nos ofende? Como é possível experimentar um Deus infinitamente bom e misericordioso e, ao mesmo tempo, continuar condenando pessoas que também são igualmente amadas por ele?
Jesus quer seguidores conscientes, que pratiquem o perdão sem limites. Pois é com o perdão incondicional que, de fato, mudamos nosso interior, nossas atitudes, nosso modo de ver as coisas e de nos relacionarmos. É com o perdão incondicional que mudamos o mundo para melhor.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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