RIQUEZA E REINO DE DEUS
Um rico aproximou-se de Jesus, querendo saber como conquistar a “vida eterna”. O Mestre mostrou-lhe o caminho dos mandamentos, que o rico já conhecia. O próximo passo foi o convite para partilhar a riqueza. Essa proposta não agradou nada ao homem rico; ele ficou triste e afastou-se de Jesus, que, diante disso, declarou: “Como é difícil para os ricos entrar no reino de Deus”.
Os ricos nem sempre estão dispostos a partilhar com os pobres; é pior ainda quando não aceitam a promoção dos pobres, não estão dispostos a conviver com os pobres, destilando até ódio contra eles.
Jesus insiste: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”. Isso se o rico não estiver disposto a partilhar sua riqueza com os pobres e a desejar vida digna ao necessitado. Jesus diz também que o reino de Deus é dos pobres. Ora, se os ricos não estão dispostos a partilhar a vida e conviver com os pobres, como vão querer viver no “reino dos pobres”?
A Igreja na América Latina é convidada a fazer sua opção preferencial pelos pobres, e o papa Francisco não se cansa de repetir: “Quero uma Igreja pobre, para os pobres”. E continua: “Não nos esqueçamos de que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem essa dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói. A atenção pelos pobres está no evangelho e na tradição da Igreja, não é uma invenção do comunismo e não devemos fazer dela uma ideologia”.
Sobre a globalização, o papa Francisco destaca luzes e sombras: “Tem ajudado muitas pessoas a sair da pobreza, mas condenou muitas outras pessoas a morrer de fome, provocando aumento das disparidades e o nascimento de novas pobrezas”. Ele clama por uma sociedade e uma economia que tenham como centro o ser humano e seu bem, e não o dinheiro. Quando a sociedade põe o dinheiro no centro, nasce a “cultura do descarte”, que leva à rejeição de crianças, jovens e idosos.
Numa palavra, o evangelho convida a partilhar o que somos e temos.
Pe. Nilo Luza, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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