FELIZES AS MULHERES AGRACIADAS
A solenidade da Imaculada Conceição de Maria, trazida do Oriente no século XI, desenvolveu-se na Europa, no século XII, graças aos Franciscanos, até que, em 1854, o papa Pio IX proclamou o dogma da Imaculada Conceição.
“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”, diz o anjo a Maria. Diante dessa felicitação – como era de esperar –, ela ficou perturbada. Maria é a cheia de graça, escolhida para que Deus realize seus planos. Apesar de algumas dúvidas que lhe possam ter momentaneamente surgido, não recusa a proposta de Deus e lhe dá seu sim.
Maria não é a única que deve se alegrar, mas é modelo de uma multidão de mulheres que, a seu exemplo, se mostram confiantes em Deus e atentas aos seus projetos, arregaçando as mangas para que se realize a vontade divina no mundo. Estas também são proclamadas felizes e abençoadas por Deus.
Alegrem-se as mulheres grávidas que carregam dentro de si nova vida humana, dom precioso de Deus.
Alegrem-se as mulheres que, na comunidade, doam sua força e inteligência para construir a comunidade dos sonhos de Jesus: comunidade solidária, defensora da vida e promotora da paz.
Alegrem-se as mulheres que suam para trazer pão para seus filhos e dignidade dentro de casa.
Alegrem-se as mulheres que lutam e se empenham para que não falte creche e escola para crianças, adolescentes e jovens.
Alegrem-se as mulheres que não se cansam de buscar uma saída para melhorar a saúde dos filhos e não dormem sossegadas enquanto não conseguem expulsar a doença de casa.
Alegrem-se as mulheres que não se acomodam diante das injustiças contra os filhos de Deus e irmãos nossos.
Alegrem-se as mulheres que não se conformam em sofrer a opressão de maridos e homens violentos.
Alegrem-se as mulheres que acreditam que outro e melhor mundo é possível e cujo acreditar as leva a se comprometer e agir.
Alegrem-se as mulheres que em Deus confiam.
Pe. Nilo Luza, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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