9 de outubro: 28º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
9 de outubro: 28º Domingo do Tempo Comum

Mestre Jesus, tem piedade de nós!

Jesus, por onde passa, vai fazendo o bem a todos os que se deixam tocar por sua mensagem de vida em abundância. Não foi diferente com os dez doentes de pele. Reconheceram nele o mestre que poderia libertá-los de uma doença que, além de causar sofrimento no corpo, causava a dor da segregação e da rejeição. Por questões de saúde, o doente de lepra precisava ficar longe e evitar todo contato com as outras pessoas.

Não é difícil para quem vive em situação de dor e isolamento perder as esperanças. Mas os homens desse trecho do evangelho viram em Jesus uma possibilidade de libertação e, em vez de gritarem “leproso, leproso” – como a lei dizia que deveriam fazer para que os outros não se aproximassem –, eles clamaram por libertação.

Deles devemos aprender a não perder as esperanças quando na vida aparecem situações difíceis. É preciso levantar a cabeça e dobrar os joelhos. Levantar a cabeça, para que o desânimo não nos abata, e expressar nossa confiança em Deus. Dobrar os joelhos para rezar com confiança, jogando-nos aos pés do Senhor, e reconhecer que nossa vida está em suas mãos, clamando vigorosamente: Mestre Jesus, tem piedade de nós!

Particularmente de um deles, porém, devemos aprender uma lição mais importante: a lição da gratidão. Depois que os dez foram curados, apenas um voltou para agradecer. Saber mostrar gratidão pelo benefício recebido de Deus e dos irmãos nos fortalece no caminho do bem. Quem reconhece os benefícios recebidos tem a capacidade de se tornar benfeitor. Assim, quem é curado e libertado por Jesus logo quer libertar e curar os outros. A libertação concedida por Jesus nos torna solidários.

Quando olhamos para Jesus, devemos olhar para pedir, mas não só. É preciso olhar com o objetivo de aprender dele o modo certo de agir. E o modo de Jesus fazer as coisas era este: sempre fazer o bem. Mesmo quando aparece como alguém muito duro, sua intenção é ultrapassar as barreiras do coração de seus ouvintes para que abracem um novo estilo de vida, baseado não no egoísmo, mas no amor fraterno, no cuidado dos outros, especialmente dos sofredores.

Olhando para Jesus, mestre de misericórdia, procuremos saber se estamos fazendo o bem a todos, como ele. Porque temos muito a melhorar, supliquemos ao Senhor: “Mestre Jesus, tem piedade de nós!”

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A sétima e última obra de misericórdia corporal: enterrar os mortos. Em Israel, ser privado de sepultura era visto como mal e fazia parte do castigo aos ímpios. As culturas prezam pelo sepultamento dos seus falecidos: enterrar o corpo do morto é atitude de piedade e de respeito pela pessoa que parte para a eternidade.

Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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