APARIÇÃO À BEIRA DO LAGO
“Eu vou pescar”, disse Pedro.
Os outros: “Vamos também”.
Os sete entraram na barca,
Da margem foram além;
Voltaram de mãos vazias.
Ao longe avistaram alguém.
O alguém era Jesus,
Nosso Senhor ressuscitado.
No horizonte, o sol,
Brilhando para todo lado.
Mas o semblante dos jovens
Estava triste e desolado.
Aquele homem na margem
Ninguém sabe quem é.
Talvez pensem que seja
Uma pessoa qualquer.
Veem com olhos do corpo,
Não com os olhos da fé.
Os olhos pesados de sono
Entre a vigília e o adormecer,
Ouviram o homem perguntar
Se tinham algo pra comer.
Um “não” foi a resposta,
Outra coisa não podiam dizer.
“Lançai a rede à direita
Da barca e achareis.”
Assim fizeram os moços
Sem ânimo e com timidez.
A rede se encheu de peixes:
Eram cento e cinquenta e três.
O discípulo amado intuiu
E disse: “É o Senhor!”
Pedro vestiu a roupa
E ao mar se atirou;
Foi ao encontro do Mestre,
Nenhuma palavra falou.
Os outros discípulos vieram
Com a barca, arrastando.
No peito de cada um,
O coração palpitando
Ardia mais que o fogo
Do peixe ali assando.
Não foi preciso palavras,
Tampouco apresentação.
Todos sentiam na alma
A alegria da ressurreição:
Era o Cristo no meio deles,
Partilhando peixe e pão.
Qual é o mar, qual é a margem
Em que Cristo hoje aparece?
Nossos olhos estejam prontos
Para ver além do estresse.
Depois de uma noite escura,
Um dia de sol amanhece…
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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