31 de julho: 18º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
31 de julho: 18º Domingo do Tempo Comum

A RIQUEZA NECESSÁRIA

As coisas materiais são necessárias. Mas não são as mais importantes. Até precisamos delas, mas o sentido verdadeiro da vida está noutro lugar. Elas não devem nos dominar. É o contrário.

Há quem tenha rios de dinheiro. Mas o rio da paz corre o risco de estar seco. Há quem tenha a melhor mansão do lugar. Mas o lugar chamado coração é oco. Há quem tenha o carro mais potente. Mas a força interior é tão frágil, que não suportaria um dia de solidão. Correria o risco da depressão só em pensar em ficar só.

A maior riqueza não é ter coisas. A maior riqueza são os afetos. E os afetos são para serem dados. Aí consiste a grandiosidade da riqueza: “Mais vale dar que receber” (At 20,35).

Deus Pai nos deu o exemplo. Ele nos ama independentemente do que tenhamos feito ou deixado de fazer. O amor dele por nós é tamanho, que nada nem ninguém podem comprá-lo. Ama-nos sem cobrança. Mesmo sabendo de nossa condição de pecadores, errantes, fracos e até covardes, ele nunca cansa de nos amar.

Em Jesus, seu amor se derrama sem limites por todos nós. O Filho de Deus olha-nos com olhar de compaixão e de misericórdia. Jamais se detém no pecado. Ele vê a pessoa. Prefere olhar e tocar no lugar onde mais dói, lá onde a falta de sentido grita. Ele perdoa! Diante da fúria dos que se achavam corretos e puros e queriam apedrejar a pobre pecadora, foi direto ao ponto: “Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra” (Jo 8,7). E à mulher exposta e humilhada, olhando lá dentro do seu coração, falou ternamente: “Ninguém condenou você? Eu também não a condeno. Vá e não peques mais” (Jo 8,10-11).

A maior riqueza é o amor. Numa casa onde reina o amor não falta nada. Mesmo que haja crises, até crise financeira, onde há amor, há superação. O contrário é a desordem, o desencontro, as desavenças. “O amor é paciente, prestativo é o amor, não é invejoso, não se vangloria, não se incha de orgulho” (1Cor 13,4).

O verdadeiro tesouro consiste na vivência do amor. Fácil essa atitude não é. Mas nada que é fácil tem muito valor. Esforcemo­nos por este tesouro. Só seremos capazes disso se nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo.

Nossa força vem do alto. A Trindade santa é quem nos sustenta em todas as circunstâncias da vida. Assim seja.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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