O MAIOR MANDAMENTO
Uma vida sem amor é feito comida insossa. Não tem gosto nem graça. Uma vida com amor, ao contrário, tem sabor, tem brilho no olhar.
Coisa bonita é celebração de casamento de um casal apaixonado. O noivo aguarda a noiva ansioso, e seus olhos são como duas tochas acesas. A noiva entra lindamente, e seu olhar se espalha em direção ao amado. Ambos os olhares se encontram, se entrelaçam e formam um olhar só, uma luminosidade só.
O amor, porém, está para além dos momentos solenes. Amor não é só beleza, vigor e juventude. A vida passa, e a poeira dos anos muda tudo. Amor de verdade é andar de braços dados quando a idade avançada diminui a velocidade dos passos e os pés já não suportam o peso do corpo.
Amor de verdade é amor de mãe, que ama os filhos igualmente. Contudo, dispensa atenção especial ao filhinho mais debilitado, aquele que tem a saúde frágil e se resfria a qualquer mudança de tempo. Aquele que se apaixona fácil e o peito em vácuo pede colo. A mãe sabe que ele precisa ser cuidado, não por ser melhor do que os outros, mas porque sofre facilmente. Quem ama faz de tudo para aliviar a dor do ser amado.
O amor não nos permite frieza. O mundo, por vezes, faz um jogo sujo para nos anestesiar diante de realidades que nos pedem atitude. O amor não tolera inércia diante do outro humilhado na própria carne por ser migrante, encarcerado ou diferente.
Nosso modelo de amor é Jesus Cristo. Ele passou pelo mundo fazendo o bem a todos, especialmente aos mais indefesos e considerados por muitos desmerecedores de amor. Como ensinamento, o Senhor nos deixou: “Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros” (Jo 13,34). Portanto, é dever de todo cristão o amor incondicional.
O maior mandamento é o amor. E não se trata de palavreado e conversa fiada. Jesus não complica. Com ele, a regra é clara: o amor a Deus e ao próximo é o que deve nos mover. Em Jesus Cristo, Deus estabeleceu conosco um laço de amor. Ninguém é capaz de desfazê-lo.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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