ANO JUBILAR MISSIONÁRIO
“A Igreja é missão” é o tema deste Dia Mundial das Missões, cuja inspiração bíblica é “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8).
Essa proposta de tema e lema nos ajuda a viver o Ano Jubilar Missionário, com comemorações internacionais e nacionais. No âmbito internacional, celebramos os 400 anos de fundação da Congregação para a Evangelização dos Povos; os 200 anos da Obra da Propagação da Fé, a qual, juntamente com a Obra da Santa Infância e a Obra de São Pedro Apóstolo, obteve o reconhecimento pontifício há cem anos. No âmbito nacional, os motivos jubilares são: 50 anos de criação do Conselho Missionário Nacional (Comina); 50 anos das Campanhas Missionárias; 50 anos dos Projetos Igrejas Irmãs; 50 anos do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); 70 anos da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, o papa Francisco destaca o testemunho da Beata Paulina Jaricot – que há 200 anos fundou a Associação para a Propagação da Fé: “Embora em condições precárias, ela acolheu a inspiração de Deus e colocou em movimento uma rede de oração e coleta para os missionários, de modo que os fiéis pudessem participar ativamente na missão ‘até os confins do mundo’. Dessa ideia genial nasceu o Dia Mundial das Missões, que celebramos todos os anos”. É pedido aos discípulos que construam sua vida pessoal em chave missionária: são enviados por Jesus ao mundo não só para cumprir a missão, mas também – e com precedência – viver a missão que lhes foi confiada; não só para dar testemunho, mas também – e sobretudo – para serem testemunhas de Cristo. “Ao exortar os discípulos a serem suas testemunhas, o Senhor ressuscitado anuncia para onde são enviados: ‘Em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo’ (At 1,8). Aqui emerge muito claramente o caráter universal da missão dos discípulos. Nesse sentido, a missão sempre será também missio ad gentes, como nos ensinou o Concílio Vaticano 2º”.
A cena do Evangelho deste domingo, descrita por Lucas, destaca a necessidade de uma oração que seja autêntica, como primeira forma de cooperação missionária. Nosso Deus escuta a súplica dos pobres e humildes que, diante dele, desabafam suas mágoas e suas fragilidades a exemplo do cobrador de impostos, rejeitando a oração farisaica daqueles que vão ao templo para se justificarem e julgar as pessoas.
Que a Beata Paulina Jaricot e os padroeiros das missões, São Francisco Xavier e Santa Teresinha, nos inspirem a sermos testemunhas missionárias até os confins do mundo.
Dom Maurício da Silva Jardim
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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