20 de abril – DOMINGO DA PÁSCOA | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
20 de abril – DOMINGO DA PÁSCOA

DEUS RESSUSCITOU CRISTO POR NÓS

Depois da caminhada quaresmal, na qual a comunidade cristã se retirou para o deserto com Cristo (1º domingo), em vista da nossa transfiguração e da do mundo (2º domingo), para produzir frutos de conversão (3º domingo) e de regresso à casa do Pai, abandonando-nos aos seus braços misericordiosos (4º domin­go) e experimentando seu perdão, que nos torna capazes de vida nova (5º domingo), a Semana Santa fez-nos reviver os vários momentos desde a paixão até a passa­gem de Cristo da morte para a vida. Hoje, enfim, celebramos a Páscoa da ressurrei­ção: o túmulo está vazio.

O túmulo encontrado vazio por Pedro e pelo discípulo amado (Evangelho) cons­titui a revelação suprema. Esse túmulo é apenas um sinal que pode permanecer enigmático (Pedro) ou ser interpretado de diversas maneiras (Maria Madalena). A luz das Escrituras dá a chave àqueles que acre­ditam no Deus que ali fala, que libertou Is­rael da morte e da escravidão e é a fonte da vida mesmo no vazio da morte.

O período de cinquenta dias que vai da Vigília Pascal a Pentecostes (= quin­quagésimo dia) é tão fundamental, que, desde os primeiros séculos, os cristãos o celebram como um único grande do­mingo, uma única celebração da Pás­coa. Não é por acaso que Jesus morreu e ressuscitou durante os dias da Páscoa judaica (memorial da libertação da es­cravidão no Egito) e enviou seu Espírito no mesmo dia do Pentecostes judaico (memorial do dom da Lei no Sinai). Os cristãos logo compreenderam a men­sagem e fizeram da Páscoa a celebração do batismo (= início da vida nova em Cristo) e de Pentecostes a celebração da Igreja (= início do povo da Nova e Eterna Aliança, selada pelo sangue de Cristo e regida pela lei do amor).

Páscoa e Pentecostes são como as duas faces de uma mesma moeda. Na verdade, não se batiza simplesmente para ter uma religião de uso individual, mas para fazer co­munhão, para formar um só corpo em Cristo, isto é, a Igreja. Esta cresce e se edifica como corpo de Cristo, participante da ceia pascal do Cordeiro, enviada a todas as nações para anunciar e testemunhar que Ele, Juiz dos vivos e dos mortos, ainda passa pelos cami­nhos do mundo, curando e libertando todos aqueles que gemem na sombra da morte.

Com efeito, cada fiel que participa da celebração da Palavra ouve o anúncio fei­to sobre aquele que “andou por toda par­te, fazendo o bem”, e foi ressuscitado por Deus no terceiro dia. Tendo a certeza de que ele “caminha à frente dos seus”, a res­posta que nos cabe pode vir das palavras da sequência: “O Cristo ressuscitou de ver­dade. Ó Rei, ó Cristo, piedade!”

Christian Dino Batsi, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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