2 de novembro: Finados | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
2 de novembro: Finados

FELIZES OS MISERICORDIOSOS

Se, fazendo uma pesquisa, perguntássemos: Quem é feliz e o que torna as pessoas felizes?, certamente teríamos uma diversidade de respostas. E quem é feliz para Jesus e seus discípulos? A resposta está no texto de Mateus, proclamado na liturgia de hoje.

A sociedade moderna – que busca o consumismo e vive de forma individualista, concentrando poder e riqueza – diz-nos que são felizes os ricos, os poderosos, os “bem de vida” e os que podem consumir à vontade. Jesus nos diz: felizes são os pobres, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos por causa da justiça. Essas são instâncias de felicidade propostas por Jesus para toda a humanidade. A última das bem-aventuranças é mais específica para os discípulos e discípulas de Jesus.

À primeira vista, as bem-aventuranças parecem convidar-nos para a acomodação. Mas, na verdade, convocam-nos para o não conformismo e para a ação conforme os valores do reino vivido e anunciado por Jesus. O hebraico usa a palavra ashrei (do verbo ashar = andar, caminhar retamente, sem nenhuma relação com a ideia de passividade) para proclamar felizes os que se põem em marcha no caminho que leva a Deus e ao seu reino. Trata-se, portanto, de busca ativa e constante.

Neste ANO DA MISERICÓRDIA, proclamado pelo papa Francisco, procuremos resgatar e vivenciar dia a dia a quinta bem-aventurança (o centro das nove): felizes os misericordiosos.

A palavra misericórdia, derivada do latim miser (pobre) + cor (coração), em síntese, significa um coração solidário com os que têm necessidade, os pobres. A misericórdia é exigência para a prática da justiça. Do início ao fim da Bíblia, Deus manifesta a sua ternura perante a miséria humana. A pessoa, por sua vez, é convidada a mostrar-se misericordiosa com seu próximo, imitando o Deus misericordioso. Quem quer ser fiel a Jesus põe-se em marcha no caminho da vivência da misericórdia.

Pe. Nilo Luza, ssp

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A quinta obra de misericórdia espiritual: perdoar as injúrias. A história da salvação narrada na Bíblia é a história da revelação de Deus que perdoa, levando à superação da lei do talião. O amor aos inimigos é grande exigência de Jesus, sinal distintivo da vida e da conduta cristã e novidade própria do cristianismo. Para santo Tomás, o perdão aos inimigos “pertence à perfeição da caridade”. Perdoar as injúrias é pedido presente no pai-nosso (cf. Mt 6,12; Lc 11,4).


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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