16 de julho: 15º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
16 de julho: 15º Domingo do Tempo Comum

SEMEAR A PALAVRA NO CORAÇÃO DO MUNDO

Neste e nos próximos dois domingos, a liturgia nos propõe o capítulo 13 de Mateus, que comunica o ensinamento de Jesus por meio de parábolas. O texto de hoje apresenta a parábola do semeador, o porquê das parábolas em geral e a explicação daquela parábola em particular.

Jesus sai do ambiente restrito, familiar, e se dirige à margem do lago, onde o povo se reuniu para ouvir e acolher sua mensagem. Ali, conta a parábola do semeador – o qual também saiu de casa para lançar sementes em quatro tipos de terrenos diferentes.

Nos três primeiros solos semeados, o agricultor nada recolhe, pois a semente caiu em caminho endurecido, terreno pedregoso e terreno espinhoso. Há duas possibilidades: o semeador é inexperiente ou, o mais provável, é pobre, restando-lhe terrenos nada produtivos. Jesus era ciente de que nem todos os camponeses tinham acesso às terras produtivas, normalmente controladas pelos poderosos. Para o pobre, a alternativa era tentar semear em terrenos pedregosos ou à beira do caminho. Mesmo diante do insucesso, o semeador não desiste, continua insistindo e consegue resultados positivos quando semeia em terreno bom.

Mateus explica a parábola – provavelmente às comunidades urbanas – e compara a semente à Palavra de Deus. A mensagem de Jesus produz à medida da disposição de cada um em acolhê-la. Seremos como ter­reno à beira do caminho quando a Palavra de Deus não nos atrai, nos fechamos no discernimento e não a acolhemos. Terreno pedregoso é o que ouve e acolhe a Palavra, mas os riscos da incompreensão e da perseguição acabam prevalecendo. Lembremos que, na época da redação do evangelho, havia as perseguições do império ro­mano e das autoridades judaicas contra os que se declarassem cristãos. Tal testemunho, portanto, não passa de “fogo de palha”. O terreno espinhoso é comparável àquele que ouve a Palavra, mas outras preocupações “menos espinhosas” prevalecem. Os desejos egoístas sufocam a mensagem de Jesus. Por fim, terreno bom é o coração que ouve e acolhe a Palavra e se compromete com o projeto de Jesus.

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Um grupo de eremitas retirados no Monte Carmelo, na Palestina, deu início, no século 12, a uma ordem contemplativa que se pôs sob a proteção de Maria, Mãe de Deus. No período da perseguição dos muçulmanos, os frades a invocaram continuamente. São Simão Stock pediu um sinal da proteção de Maria e recebeu das mãos dela o “escapulário”. Na data de hoje, 16 de julho, recordamos essa entrega.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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