JESUS É A ÁGUA VIVA DA HUMANIDADE
No tempo da Quaresma, são-nos propostos alguns textos bíblicos que relatam a dureza de coração daqueles que, nos momentos difíceis da caminhada, não são capazes de perceber o agir de Deus na história. Na primeira leitura, do livro do Êxodo, o povo hebreu que caminha rumo à terra prometida reclama da falta de água. Por essa razão, revolta-se contra Moisés e contra o Senhor.
No deserto de nossa vida, não raro também nos desencantamos e, assim como o povo hebreu, nos revoltamos. Isso, quando ocorre, é sinal de que nossa fé está fragilizada, de que nosso relacionamento com Deus não está sólido. Confiar nele e inspirar-nos em referências construtoras do bem na comunidade é fundamental. Apesar da infidelidade do povo no processo de libertação – isto é, de querer voltar ao sistema manipulador e opressivo –, o Senhor permanece fiel, caminhando à frente, dando segurança, apoio, esperança e providenciando água viva, símbolo do milagre da vida renovada.
A água geradora de vida nova só pode vir de Deus. Ela fomenta a dinâmica da salvação que dá paz e esperança àquele que deposita sua confiança em Jesus, o qual supera uma religião feita de observâncias estéreis e revela o Pai presente nas relações de fraternidade e gratuidade. Jesus se dá a conhecer como fonte de água viva à humanidade inteira. A mulher samaritana, que está procurando, no sufoco da existência, algo que sacie – de uma vez por todas – a sua sede encontra em Jesus a água que jorra para a vida eterna.
A partir desse momento, essa mulher já não bebe da água da Lei ou das instituições legalistas, mas do próprio Jesus, fonte de água viva. Ao matar a sede da samaritana, Jesus nos mostra que Deus deseja saciar a sede de liberdade e de justiça que impulsiona o coração dos nossos irmãos e irmãs. Em vista disso, nesta caminhada de 40 dias rumo à Páscoa, somos convidados a nos aproximarmos de Jesus e permanecer com ele, como fizeram a samaritana e o povo ao qual ela anunciou o Cristo.
Pe. Roni Hernandes, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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