14 de maio: 5º Domingo da Páscoa | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
14 de maio: 5º Domingo da Páscoa

UMA IGREJA AMOROSA

Não faz bem o cristão falar mal da Igreja. Assim como não faz bem o filho falar mal da própria mãe. Isso não quer dizer que a Igreja seja perfeita. Não. Nossa mãe também não é perfeita. Mas é ela que nos oferece o amor mais sincero do mundo.

A Igreja é mãe. Uma mãe de muitos filhos, de todas as idades, cores e nações. Mãe de filhos e filhas que pensam das mais diversas formas. Não deseja que os filhos pensem uniformemente. Deseja que
os filhos sejam unidos nas diferenças.

A Igreja é mãe que ama a todos igualmente. Porém, como toda mãe, sabe a necessidade de cada um dos filhos. Sabe que o filhinho mais fraco precisa de cuidados especiais. Por isso, dispensa-lhe atenção particular.

A Igreja é mãe que sabe olhar e enxergar o filhinho que se apaixona fácil, aquele que por pouco se deixa conduzir por atalhos e caminhos nem sempre certos, o que precisa de colo. É mãe que prevê os perigos e não teme chamar a atenção dos filhos. Mas, infelizmente, estes nem sempre a ouvem. E por não ouvirem, também não obedecem. Toda obediência nasce de um ouvido atento.

A Igreja é mãe pronta para servir. Não ostenta pompa nem se fecha nos gabinetes e escritórios frios. É mãe que protege os filhos dos perigos: nas ruas, nos campos, nas travessias em busca de vida. É mãe em saída. Mesmo sem força, levanta e vai à luta. Junta-se aos filhos ao relento, com frio, sede, fome. Fica do ladinho dos filhos que não têm casa, terra, trabalho, saúde, segurança.

A Igreja é mãe que não se envergonha dos filhos pecadores. Quando os que se consideram certos e puros estão de pedras nas mãos para dar fim aos que erram, ela não teme levantar a voz em defesa dos filhinhos ameaçados. É mãe que chora a morte dos filhos nas prisões desumanas. Seu choro sobe aos céus feito prece.

A Igreja é mãe que acolhe, abraça, aconselha, chama a atenção. Não tem vara de condão, pois não é de fazer mágica, não vende a fé em nome de Deus, tampouco engana com falsa esperança.

A Igreja não é somente o padre, o bispo, o papa. A Igreja não são as paredes do edifício. A Igreja é todo o povo de Deus, que no dia do batismo recebeu o Espírito Santo. Cada batizado é inspirado pelo Espírito da fraternidade, da compaixão, da ternura, do amor. Aquele mesmo amor que move o coração de toda mãe. Somos todos Igreja.

A Trindade nos ajude a ser Igreja no hoje de nossa história, pisando firme o chão da vida e experimentando o céu desde agora.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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