13 de novembro – 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
13 de novembro – 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

PERSEGUIDOS COM JESUS

O sofrimento faz parte da existência humana. Não há quem possua o trunfo de nunca ter sofrido. Com causas muito diversas, está presente na vida de cada pessoa. A consciência dessa presença inevitável – ainda que não desejada – pode nos ajudar a viver com serenidade os momentos de dor que a vida nos impõe. Parece ser esse o pensamento do evangelista Lucas ao mostrar Jesus falando aos seus discípulos sobre as provações pelas quais deveriam passar.

O caminho do seguimento de Jesus comporta muitas alegrias e consolações. É motivo de grande júbilo reconhecer nele o Filho de Deus que se encarnou por amor a nós. Fazendo parte do grupo de seus discípulos, comprometemo-nos a viver conforme sua prática e ensinamento. Quanto mais nos aproximamos do modo de viver assumido por Jesus, maior é nossa alegria.

No entanto, quando vivido na radicalidade, o seguimento de Jesus geralmente é fonte de perseguição e angústias. Jesus não ilude nem engana seus discípulos, que devem estar preparados para as pedras que encontrarão pelo caminho. Mais do que isso: promete que estará com eles e lhes dará um modo de falar capaz de vencer qualquer inimigo. Lucas atribui ao próprio Cristo aquilo que, nos outros Evangelhos, é função do Espírito Santo. O mais importante é saber que nunca se está sozinho em meio à perseguição por causa do Evangelho de Jesus.

De onde virão essas perseguições? De pessoas desconhecidas e distantes? Jesus diz que não somente, mas partirão até das pessoas mais próximas, incluindo os próprios familiares. Essa foi uma realidade muito comum no início do cristianismo. Quando era ilegal ser cristão, muitos foram entregues à morte pelos seus. Desde o início, seguir a Cristo foi decisão exigente e desafiadora.

Vivemos em uma sociedade dita cristã, na qual, muitas vezes, seguir Jesus parece algo bastante corriqueiro, que não chama a atenção de ninguém. Contudo, quando alguém, consciente de que o Evangelho não se reduz a palavras, busca implantar neste mundo o Reino de paz e justiça anunciado por Cristo, as perseguições aparecem. Para muitos, é melhor que a religião não se envolva em questões “mundanas”; seu papel seria somente falar de Deus. Esquecem-se, entretanto, que essa não foi a prática de Jesus. Ele não foi morto por simplesmente falar de Deus, como uma realidade distante e indiferente aos problemas humanos.

Aliás, quem se decide por trilhar o caminho do discipulado de Jesus deve estar preparado para tudo, até mesmo para a morte. Defender os valores pregados pelo Mestre e empenhar-se na edificação do Reino de Deus por ele anunciado significa entregar a vida pela sua causa, que, a cada dia, se torna nossa também. A promessa que nos sustenta no caminho é que nada será perdido. Caminhemos confiantes na presença de Jesus, ao lado dos que o seguem e dão a vida por seu projeto!

Manoel Gomes Filho, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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