13 de novembro: 33º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
13 de novembro: 33º Domingo do Tempo Comum

AINDA NÃO SERÁ O FIM

Muitas pessoas tendem a identificar as catástrofes naturais, os conflitos e as guerras entre nações com o “fim do mundo”, mas Jesus nos alerta: ainda não é o fim. A história da humanidade continua, apesar dos problemas, dificuldades e crises.

O Evangelho de Lucas foi escrito pelo final do primeiro século depois de Cristo. O que é relatado no texto de hoje praticamente já havia acontecido: a guerra judaica contra a ocupação romana (“quando ouvirdes falar de guerras e revoluções”); a cidade de Jerusalém e o templo destruídos (“dias virão em que não ficará pedra sobre pedra”); a perseguição dos romanos a Jesus e às lideranças das comunidades (“um povo se levantará contra outro povo”); as autoridades das sinagogas contra os judeus que aderiram a Jesus (“hão de vos prender e perseguir”); a crise que a boa-nova de Jesus gerou nas famílias (“sereis entregues pelos próprios familiares”); os terremotos no império romano (Laodiceia e Pompeia) na década de sessenta (“haverá grandes terremotos”). Portanto, tudo isso eram fatos passados e o fim do mundo não se concretizou.

Mais do que assustar, Jesus convida ao discernimento, ao testemunho e à perseverança, superando o medo: “não fiqueis apavorados”. Diante dos conflitos descritos acima e dos enfrentados nos dias de hoje, o evangelho quer impulsionar as comunidades a não desanimar, mas continuar firmes na fé e no compromisso com um mundo melhor, isento de conflitos, violência, intolerância.

Todos esses problemas não são sinais de fim de tudo, mas chamam a um compromisso maior ainda para reverter a situação. As pessoas e as comunidades necessitam de muito discernimento (“cuidado para não serdes enganados”) diante das muitas propostas perversas para a solução desses conflitos. Tenhamos cuidado para não ser ludibriados, pois não há “fórmulas mágicas” para construir uma sociedade mais humana e justa.

Nas palavras do teólogo Pagola: “Os tempos difíceis não devem ser tempos para as lamentações, a nostalgia ou o desânimo. Não é hora da resignação, da passividade ou da omissão. A ideia de Jesus é outra: em tempos difíceis ‘tereis ocasião de dar testemunho’”.

Pe. Nilo Luza, ssp

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A sétima obra de misericórdia espiritual: rogar a Deus pelos vivos e falecidos. Essa obra de misericórdia nos leva a apresentar a Deus todas as pessoas, rezando pelas necessidades de cada uma. O lema de são Bento nos dá a medida da nossa oração: ora e trabalha (ora et labora). Diz ele: “Orai como se tudo dependesse de Deus e trabalhai como se tudo dependesse de vós”. Ao rezar pelos defuntos, participamos da “comunhão dos santos” na Igreja. Todos comungamos no mesmo amor a Deus e ao próximo.


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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