300 ANOS DO ENCONTRO DA IMAGEM DE APARECIDA
É motivo de grande alegria a celebração do Jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, na pesca milagrosa em 1717, no rio Paraíba do Sul (SP).
Os pescadores Domingos M. Garcia, João Alves e Felipe Pedroso lançavam as redes no porto de José Corrêa Leite. Continuaram até o porto de Itaguaçu, percorrendo boa distância sem conseguir peixe algum. Nesse porto, João Alves lançou sua rede de arrasto e pescou o corpo de Nossa Senhora, sem a cabeça. Lançando de novo a rede um pouco mais abaixo, pescou a cabeça da mesma Senhora da Conceição, sem saber quem ali a tivesse jogado.
A partir do resgate dessa imagem, os três pescadores começaram a pescar muitos peixes – reconhecendo, emocionados, tratar-se de milagre da Virgem Maria.
Terminada a pesca, retornaram. Felipe Pedroso levou a imagem consigo e, em sua casa, começaram a se reunir os vizinhos para a oração do rosário. Milagres e sinais prodigiosos iam acontecendo diante da imagem.
Com o aumento dos fiéis, construíram uma capela para melhor acolher os devotos. Em 1888, foi construída a chamada Basílica Velha. Em 1929, Nossa Senhora Aparecida foi proclamada rainha do Brasil; e, em 1931, em solenidade no Rio de Janeiro, foi proclamada rainha e padroeira do Brasil. Em 1980, o papa João Paulo II consagrou o atual santuário, um dos maiores do mundo.
Nossa Senhora sempre se apresenta aos pequenos, pobres e necessitados. Assim aconteceu em Lourdes, Fátima, México e em muitos outros lugares. Deus tem seus desígnios para conosco; cada povo tem sua devoção à mãe de Deus e nossa. Ela continua a repetir: fazei tudo o que o Senhor Jesus vos disser. A ela nossa gratidão! Ela nos indica o caminho de amor que leva a seu Filho, Jesus.
O santuário de Aparecida é o lugar onde encontramos a acolhida da Mãe. É confortante ter essa mãe, que nos gera como filhos e filha; ensina-nos a amar; mostra-nos o Pai da misericórdia; anima-nos na fé, na esperança e na caridade. Peçamos à nossa mãe comum que nos ensine a ouvir sempre a voz do seu divino Filho.
Rainha do Brasil, rogai por nós!
D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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