10 de julho: 15º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
10 de julho: 15º Domingo do Tempo Comum

SER COMPASSIVO E MISERICORDIOSO

O evangelho de hoje ganha especial importância neste Ano da Misericórdia, proclamado pelo papa Francisco. É fundamental, ao ler o texto, ter presente o conflito existente, por séculos, entre judeus e samaritanos. Havia então muito preconceito contra os samaritanos. A questão gira em torno das condições para conquistar a “vida eterna” e chega ao ponto central com a introdução da temática do “próximo”.

Um mestre da lei quer provocar Jesus, indagando o que é necessário para conquistar a vida eterna. O Senhor responde com outra pergunta: O que diz a Escritura? O entendido em leis cita um texto da Escritura – amar a Deus e ao próximo – e, diante da réplica de Jesus, volta a provocá-lo, perguntando quem é o seu próximo. Jesus então conta a tão conhecida parábola do bom samaritano.

Temos nessa história quatro personagens: o homem assaltado e ferido, um sacerdote, um levita – todos judeus – e um samaritano. Um homem foi vítima de assalto, fato comum do nosso dia a dia. O sacerdote e o levita, ligados ao sagrado, passam pelo caminho e veem o ferido, mas nada fazem e vão embora. O samaritano, adversário dos judeus, vê o ferido, enche-se de compaixão por ele e lhe presta socorro. A prática do amor quebra todas as barreiras que separam as pessoas. O samaritano não se preocupa se a vítima era judia ou não. Simplesmente lhe presta ajuda e se torna próximo daquele que foi vítima de assalto. O que um sacerdote e um levita não fazem, um samaritano faz: compadecer-se do pobre homem.

Tornar-se próximo é entrar em sintonia e ser solidário com quem necessita, independentemente de religião, raça, parentesco, simpatia ou vizinhança. No início da parábola, o próximo era a vítima; no fim, o samaritano é que se tornou próximo do que fora assaltado. É fácil amar a Deus teoricamente, o difícil é amar o “próximo em carne e osso”. Por outro lado, amando o próximo que é imagem de Deus, estaremos amando o próprio Deus: “Quem ama o irmão que vê, ama a Deus que não vê”.

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“Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro” (Misericordiae Vultus, n. 2).

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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