No dia 13 de julho, é celebrado o dia do cantor. Não há um evento específico que marque esta data, porém, neste dia celebramos com alegria os profissionais que se dedicam à música. Muito mais do que uma vocação, a profissão de cantor exige dedicação, estudo, aprimoramento das técnicas vocais e muita sensibilidade para traduzir em canção os diversos sentimentos e expressões.

Entre tantos profissionais que se dedicam a esta carreira, uma pequena parcela é reconhecida, o que faz com que muitos artistas acabem desistindo de cantar profissionalmente. Não foi o caso de Clementina de Jesus. Graças a sua paixão pela música, ela nunca parou de sonhar e conquistou o sucesso aos 63 anos de idade.

No livro infantojuvenil “Cantar era seu sonho”, a autora Lúcia Fidalgo apresenta ao leitor diversas facetas desta grande personalidade da música brasileira. Nascida em Valença, no Rio de Janeiro, em 1901, Clementina conheceu a música ainda pequenina, quando a mãe entoava cantigas de ninar para fazê-la dormir. Um pouco mais crescida, cantava e dedilhava a viola do pai. Ela trazia na cor de sua pele a magia e o ritmo da África, transformando-se, mais tarde, num elo entre as duas culturas.

Melodias como “Eu não sou daqui, Marinheiro só. Eu não tenho amor, Marinheiro só”, “Deus vos salve casa santa, onde Deus fez a morada. Onde está o cálice bento e a hóstia consagrada”, estão presentes na obra, motivando os pequenos leitores a conhecer a música e a poesia presentes na voz de Clementina.

“Cantar era seu sonho” pertence à coleção Brasileirinhos, reconhecida por incentivar a valorização da cultura brasileira entre crianças e jovens. Além de Clementina de Jesus, a coleção apresenta diversas personalidades inspiradoras das artes em nosso país, como Tarsila do Amaral, Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis, Paulo Freire, entre outros.

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