Maria, a Santa Mãe de Deus | Paulus Editora

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Igreja e Sociedade

25/05/2023

Maria, a Santa Mãe de Deus

Por Cleane Santos

Desde os primórdios do Cristianismo, a Igreja Católica mantém viva a forte devoção a Santa Mãe Deus. Maria é aquela que caminha com a humanidade e intercede pelos homens, diante das inúmeras dificuldades e tentações presentes no mundo. A Mãe Santíssima aponta o caminho certo a seguir, não para gloriar-se a si mesma, pelo contrário, para que seu filho Jesus Cristo sempre apareça e seja conhecido e amado, a fim de conduzir os homens a Deus e respectivamente à salvação eterna.

Conforme ensina a Doutrina da Igreja Católica, “Maria é verdadeiramente a Mãe de Deus porque é a mãe de Jesus (Jo 2,1; 19,25). Com efeito, aquele que foi concebido por obra do Espírito Santo e que se tornou verdadeiramente seu Filho é o Filho eterno de Deus Pai. Ele mesmo é Deus”. (nº 495, 509). Por essa razão, a chamamos de “Santa Mãe de Deus” e a Igreja reconhece suas múltiplas virtudes e sua importância para o plano de salvação da humanidade.

A Igreja ainda enfatiza que Maria ficou imune de todo o pecado pessoal durante toda a sua existência. Jesus foi concebido no seio da Virgem, apenas pelo poder do Espírito Santo. É a “cheia de graça”, assim como recitamos na oração da “Ave Maria”, extraída do Evangelho de Lucas que narra à visita inicial do anjo Gabriel a Maria (LC 1,28), anunciando a Boa-Notícia que ela se tornaria a Mãe do Filho de Deus.

A resposta da jovem foi assertiva e despretensiosa de qualquer interesse próprio, Maria se oferece totalmente à Pessoa e à obra do seu Filho Jesus, abraçando de alma e coração a vontade de Deus. Logo, o seu “SIM” transformou o mundo e deu sentido à vida do povo cristão e de todas as gerações futuras que a felicitam até hoje, segundo a sua afirmação no canto do Magnificat.

Diante de tantos indícios de sua santidade e atuação histórica, como não acreditar em Maria? Como não pedir sua poderosa intercessão e confiar que ela nos levará a Deus? É com terço na mão que milhares de fiéis no mundo inteiro colocam-se em oração, confiantes de que a “Senhora” intercede em favor dos pecadores, pelas diversas causas e na hora da morte.

Além disso, as mães observam em Maria um modelo a ser seguido, como por exemplo, a forma de cuidar da família, de proteger seus filhos, o modo de administrar o lar com sabedoria, a silenciar quando a “Palavra” necessita ser guardada e meditada e, sobretudo, a confiança em Deus.

Na história da Igreja, muitos foram os santos, santas e mártires que se permitiram viver uma experiência com Maria, como o caso de São Padre Pio de Pietrelcina, São Maximiliano Kolbe, São Domingos Sávio, Santo Agostinho, Santa Teresinha do Menino Jesus, Santa Teresa de Lisieux, São João Bosco, São Luís Maria de Montfort, São João Paulo II e tantos outros que recorreram a proteção do manto sagrado de Maria em suas batalhas e entraves espirituais.

Vale lembrar que no decorrer da história, “Maria Santíssima” recebeu diversos títulos, de acordo com suas aparições e manifestações em diferentes partes do mundo, conforme explica a obra “Nossa Senhora de todos os nomes – Orações e história de 365 títulos marianos”, do autor Frei Darlei Zanon e publicado pela PAULUS.

Segundo Frei Darlei, Nossa Senhora é conhecida pelas devoções ligadas aos traços de sua personalidade e dons, entre elas: Auxiliadora, Alegria, Consolata, Piedade, Graças, Glória, Imaculado Coração, entre outros. Assim, também surgiram os dogmas marianos, ou seja, as verdades da fé Católica sobre a figura de Maria, como a Maternidade Divina, a Imaculada Conceição, a Virgindade Perpétua e a Assunção de Maria.

Outras devoções também estão relacionadas a momentos fortes de Nossa Senhora como a Anunciação, a Natividade, o Desterro, a apresentação, Visitação, Dores. Os Santuários e imagens especiais também são frutos da manifestação da sua santidade e amor à humanidade:  Aparecida, Candelária, Altagracia, Almudena, Lapa, Loreto, Penha, entre outros lugares provenientes de suas aparições como o caso de Guadalupe (México), Fátima (Portugal), Medjugorje (Bósnia-Herzegóvina),  Salette (França), entre outros.

Entretanto, é importante saber que Nossa Senhora é a mesma Maria de Nazaré que gerou Jesus Cristo, a Santa Mãe de Deus. Essas inquietações talvez sejam o motivo de haver milhares de pessoas que ainda reúnem-se em suas casas, comunidades, paróquias e santuários em diversas partes do mundo para rezar e experimentar o consolo e ternura de Deus por meio de Maria.

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