Igreja e Sociedade
01/04/2025
Por Jenniffer Silva
Quase 7 milhões é o número de leitores que o Brasil perdeu em apenas quatro anos. Os dados divulgados pela 6ª edição da Retratos da Leitura no Brasil representam um alerta para quem acredita que o livro é uma peça fundamental para a formação cultural e crítica da sociedade.
Há que se lembrar que os livros ainda são, infelizmente, um recurso inacessível para boa parte da população brasileira. Existem muitos adultos que não tiveram acesso às obras na infância e, consequentemente, não desenvolveram o hábito de ler.
Assim como muitos costumes que trazemos ao longo da vida, a leitura também é uma ação que deve ser fomentada desde os primeiros anos da criança, inclusive entre as que ainda não foram alfabetizadas.
Ter livros em casa e presentear as crianças com as obras contribuem para a formação de uma sociedade leitora. Felizmente, são muitas as opções disponíveis — estamos falando de uma fonte inesgotável de histórias.
Os livros infantis têm, de fato, um papel fundamental no desenvolvimento das crianças. Por isso, não podem ser limitados a mais uma mera fonte de entretenimento. Eles são capazes de contribuir concretamente para a formação do pensamento crítico, do aprendizado emocional e, principalmente, para o desenvolvimento da linguagem de cada pessoa.
Além disso, eles oferecem um mundo de imaginação e criatividade. Por meio de narrativas envolventes, as crianças podem explorar universos distintos e conhecer personagens de diferentes culturas. Essa diversidade cultural e imaginária é essencial para desenvolver um senso de pertencimento e, ao mesmo tempo, uma apreciação pelas diferenças, o que favorece a formação de uma cidadania global.
Não podemos esquecer, neste ponto, que as ilustrações representam mais uma ferramenta para a disseminação da leitura entre os mais novos, sendo mais que um recurso gráfico e sim um componente capaz de levar os leitores a refletirem sobre as palavras que estão sendo lidas.
Outro ponto importante é a questão emocional. A literatura infantil, muitas vezes, aborda temas como amizade, solidão, coragem, frustração e superação e ajuda as crianças a lidarem com suas próprias emoções. Elas aprendem, desde cedo, a entender que as emoções fazem parte da vida e que é possível expressá-las de maneira saudável.
Durante a sua participação no episódio #89 do PAULUSCast, a autora Andréa Avelar ressaltou que somente por meio dos livros é possível tratar com as crianças temas pertinentes e complexos:
“A infância é um lugar de liberdade, senão na infância, quando nós iremos abordar com as crianças temas desafiadores e necessários na nossa vida? A infância é o lugar em que você pode chamar a atenção da criança para esses assuntos. Nós precisamos falar sobre todos os assuntos com as crianças, mas com a leveza e a poesia que só a literatura consegue fazer”, expressou Andréa.
O catálogo infantojuvenil da PAULUS Editora é rico em histórias que alegram e formam as nossas crianças. Quem os lê, certamente irá desejar conhecer outras obras. Acesse.
Em resumo, ao proporcionar uma rica experiência literária desde os primeiros anos de vida, estamos preparando as novas gerações para um futuro mais empático, criativo e consciente. Investir em livros infantis é investir no futuro de nossa sociedade.
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Jenniffer Silva
Jenniffer Silva é graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades Integradas Rio Branco, possui especialização em Jornalismo Digital pela Universidade Anhembi Morumbi e é pós-graduanda em Comunicação Corporativa pelo Senac São Paulo, além de formação em Análise de Marketing Digital, Assessoria de Imprensa e Jornalismo Cultural, também pelo Senac São Paulo.
