OITAVA DA PÁSCOA
(branco – ofício próprio)
O Senhor conduziu o seu povo na esperança e recobriu com o mar seus inimigos, aleluia! (Sl 77,53)
Reunidos em comunidade, rendemos graças ao Senhor pelas maravilhas que realizou em nome de Jesus, pedra rejeitada que se tornou a pedra angular da Igreja.
Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, depois que o paralítico fora curado, 1Pedro e João ainda estavam falando ao povo quando chegaram os sacerdotes, o chefe da guarda do templo e os saduceus. 2Estavam irritados porque os apóstolos ensinavam o povo e anunciavam a ressurreição dos mortos na pessoa de Jesus. 3Eles prenderam Pedro e João e os colocaram na prisão até o dia seguinte, porque já estava anoitecendo. 4Todavia, muitos daqueles que tinham ouvido a pregação acreditaram. E o número dos homens chegou a uns cinco mil. 5No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém os chefes, os anciãos e os mestres da lei. 6Estavam presentes o sumo sacerdote Anás e também Caifás, João, Alexandre e todos os que pertenciam às famílias dos sumos sacerdotes. 7Fizeram Pedro e João comparecer diante deles e os interrogavam: “Com que poder ou em nome de quem vós fizestes isso?” 8Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Chefes do povo e anciãos, 9hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. 10Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré – aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos –, que este homem está curado diante de vós. 11Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se tornou a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos”. – Palavra do Senhor.
A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24) – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca e achareis”. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. – Palavra da salvação.
Sete apóstolos decidem ir pescar. Sete é número simbólico e equivale à totalidade dos seguidores de Jesus. A pesca representa a missão. Tiberíades indica todos os povos. Nessa noite não pegam nada. Sem a presença e a palavra do Ressuscitado, a missão fracassa. De madrugada, volta a luz. A luz é Jesus que, com sua palavra, passa aos pescadores a confiança e a promessa de sucesso. E assim acontece. A pesca de cento e cinquenta e três grandes peixes indica que a missão atinge o mundo inteiro e produz abundantes frutos. Os 153 peixes representam os povos então conhecidos. Acabada a pesca maravilhosa, Jesus convida a comunidade a se alimentar. É a comunhão universal da humanidade com Jesus. Comunhão que vai sustentar seus missionários pelos caminhos do mundo.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
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