8 – DOMINGO | Paulus Editora

Liturgia Diária
8 – DOMINGO

23º DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)

Vós sois justo, na verdade, ó Senhor, e os vossos julgamentos são corretos. Conforme o vosso amor, Senhor, tratai-me (Sl 118,137.124).

Reunidos pela fé que inclui a todos, dispomo-nos a abrir os ouvidos e o coração para a Palavra de Deus e a Eucaristia. O Senhor, fiel para sempre, nos adotou como filhos e filhas, fez-nos herdeiros do seu Reino e nos ajuda a superar toda prostração e desânimo. Celebremos Aquele que faz justiça aos pobres e oprimidos e nos convoca à comunhão com eles.

Primeira Leitura: Isaías 35,4-7

A Palavra de Deus é eficaz quando encontra nossos ouvidos e coração abertos. Ela tem a força de animar nossa caminhada, nos previne contra discriminações e nos comunica a Boa-nova, que transforma o sofrimento em alegria.

Leitura do livro do profeta Isaías – 4Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar”. 5Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. 6O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos, assim como brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo. 7A terra árida se transformará em lago, e a região sedenta, em fontes de água. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 145(146)

Bendize, ó minha alma, ao Senhor. / Bendirei ao Senhor toda a vida!

1. O Senhor é fiel para sempre, / faz justiça aos que são oprimidos; / ele dá alimento aos famintos, / é o Senhor quem liberta os cativos. – R.

2. O Senhor abre os olhos aos cegos, / o Senhor faz erguer-se o caído; / o Senhor ama aquele que é justo. / É o Senhor quem protege o estrangeiro. – R.

3. Ele ampara a viúva e o órfão, / mas confunde os caminhos dos maus. / O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará / para sempre e por todos os séculos! – R.

Segunda Leitura: Tiago 2,1-5

Leitura da carta de São Tiago – 1Meus irmãos, a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas. 2Pois bem, imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, com sua roupa surrada, 3e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: “Vem sentar-te aqui, à vontade”, enquanto dizeis ao pobre: “Fica aí, de pé”, ou então: “Senta-te aqui no chão, aos meus pés” – 4não fizestes, então, discriminação entre vós? E não vos tornastes juízes com critérios injustos? 5Meus queridos irmãos, escutai: não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? – Palavra do Senhor.

Evangelho: Marcos 7,31-37

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo pregava o Evangelho, / a Boa Notícia do Reino, / e curava seu povo doente / de todos os males, sua gente! (Mt 4,23) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e, com a saliva, tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer “abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Na tradição profética, a surdez (assim como a cegueira) era figura da resistência à mensagem de Deus. No Evangelho, os primeiros a não acolherem a mensagem de Jesus são seus discípulos, que continuam apegados à ideologia nacionalista, isto é, consideram os judeus superiores aos outros povos. Jesus, no entanto, ensina a igualdade de todos os povos em relação ao Reino. A aclamação dos assistentes – “Ele fez bem todas as coisas” – recorda Gn 1,31: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom”. Essa entusiasta reação do povo nos ajuda a entender o simbolismo, aplicado à liturgia batismal: o catecúmeno torna-se nova criatura mediante a intervenção de Jesus, que, no batismo, lhe abre os ouvidos e lhe solta a língua, para que escute, viva e faça ressoar para os outros a Palavra de Deus.

(Dia a dia com o Evangelho 2024)


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É um subsídio mensal que contempla toda a caminhada litúrgica de cada mês. Apresenta ao leitor algumas opções de orações eucarísticas, um breve comentário dos santos e das leituras de cada dia, uma variada opção de cantos, além de trazer, a cada domingo, uma opção de círculo bíblico.

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