3 – SÁBADO | Paulus Editora

Liturgia Diária
3 – SÁBADO

17ª SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

Deus habita em seu santuário, reúne os fiéis em sua casa; ele mesmo dá vigor e força a seu povo (Sl 67,6s.36).

Todo aquele que fala e age em nome do Senhor encontra sérios obstáculos à sua missão. Porém, à semelhança do salmista, é convidado a depositar toda a sua confiança na proteção divina, certo de que “nosso Deus atende à prece dos seus pobres”.

Primeira Leitura: Jeremias 26,11-16.24

Leitura do livro do profeta Jeremias – Naqueles dias, 11os sacerdotes e profetas dirigiram-se aos chefes e a todo o povo, dizendo: “Este homem foi julgado réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com vossos ouvidos”. 12Disse Jeremias aos dignitários e a todo o povo: “O Senhor incumbiu-me de profetizar para esta casa e para esta cidade através de todas as palavras que ouvistes. 13Agora, portanto, tratai de emendar a vossa vida e as obras, ouvi a voz do Senhor, vosso Deus, que ele voltará atrás da decisão que tomou contra vós. 14Eu estou aqui, em vossas mãos; fazei de mim o que vos parecer conveniente e justo, 15mas ficai sabendo que, se me derdes a morte, tereis derramado sangue inocente contra vós mesmos e contra esta cidade e seus habitantes, pois em verdade o Senhor enviou-me a vós para falar tudo isso a vossos ouvidos”. 16Os chefes e o povo em geral disseram aos sacerdotes e profetas: “Este homem não merece ser condenado à morte; ele falou-nos em nome do Senhor, nosso Deus”. 24Jeremias passou a ter proteção de Aicam, filho de Safã, para não cair nas mãos do povo e evitar ser morto. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 68(69)

No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

1. Retirai-me deste lodo, pois me afundo! Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam / e salvai-me destas águas tão profundas! / Que as águas turbulentas não me arrastem, não me devorem violentos turbilhões, / nem a cova feche a boca sobre mim! – R.

2. Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! / Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! / Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! – R.

3. Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá / se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres / e não despreza o clamor de seus cativos. – R.

Evangelho: Mateus 14,1-12

Aleluia, aleluia, aleluia.

Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, / porque o Reino dos Céus há de ser deles! (Mt 5,10) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”. 3De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”. 5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos e agradou tanto a Herodes, 7que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”. 9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de João no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus. – Palavra da salvação.

Reflexão:

João Batista e Jesus cumpriram com valentia a missão de profetas. Nem João nem Jesus fizeram pacto com o erro, a mentira, a exploração. Foram fiéis executores do plano de Deus: justiça, amor e vida abundante para todos. Herodes, ao invés, foi promotor do antirreino: mergulhado na maldade, seguia ceifando vidas, oprimindo o povo, cavando sua própria condenação. Os convidados para o banquete aceitaram passivamente que João fosse degolado no cárcere: covardes e malignos como o próprio Herodes! Tendo por modelo o Batista, possamos desmascarar a ousadia dos que se creem com poder absoluto para eliminar pessoas, exterminar povos. Alguém tem que dar um basta a essa fúria incontrolável, ainda que pague com a própria vida.

(Dia a dia com o Evangelho 2024)


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