24º DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – 4ª semana do saltério)
Dai paz, Senhor, aos que em vós esperam, para confirmar a veracidade dos vossos profetas; escutai as preces do vosso servo e vosso povo, Israel (Eclo 36,18).
A liturgia nos inspira a estabelecer uma relação pessoal com Jesus, identificando-o e testemunhando-o como o centro de nossa vida. Em sua presença, confiamos que ele ouve o grito de nossa oração, ao invocá-lo de coração sincero. Reunidos para celebrar a Palavra e a Eucaristia, somos convidados a responder aos apelos do Senhor e segui-lo por meio de uma fé viva e operante.
Abramos ouvidos e coração para acolher a Palavra do Senhor. Jesus, o Messias e o Filho de Deus, a quem nos dispomos a seguir, vai nos falar e alimentar em nós a fé que se traduz em prática de vida.
Leitura do livro do profeta Isaías – 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9Sim, o Senhor Deus é meu auxiliador; quem é que me vai condenar? – Palavra do Senhor.
Andarei na presença de Deus, / junto a ele na terra dos vivos.
1. Eu amo o Senhor, porque ouve / o grito da minha oração. / Inclinou para mim seu ouvido, / no dia em que eu o invoquei. – R.
2. Prendiam-me as cordas da morte, † apertavam-me os laços do abismo; / invadiam-me angústia e tristeza. / Eu então invoquei o Senhor: / “Salvai, ó Senhor, minha vida!” – R.
3. O Senhor é justiça e bondade, / nosso Deus é amor-compaixão. / É o Senhor quem defende os humildes: / eu estava oprimido, e salvou-me. – R.
4. Libertou minha vida da morte, † enxugou de meus olhos o pranto / e livrou os meus pés do tropeço. / Andarei na presença de Deus, / junto a ele na terra dos vivos. – R.
Leitura da carta de São Tiago – 14Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 15Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos”, e: “Comei à vontade”, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso? 17Assim também a fé, se não se traduz em obras, por si só está morta. 18Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática! Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras!” – Palavra do Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu de nada me glorio, / a não ser da cruz de Cristo; / vejo o mundo em cruz pregado / e para o mundo em cruz me avisto (Gl 6,14). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”. 30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. 34Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la”. – Palavra da salvação.
Jesus quer saber a opinião do povo, principalmente dos discípulos, a seu respeito. Pedro responde: “Tu és o Messias”. Jesus os proíbe de espalhar essa informação, em vista de proteger-se das autoridades e evitar que sua missão seja mal interpretada. É que, para a mentalidade da época, o Messias viria com poder para expulsar os ocupantes estrangeiros e implantar triunfalmente o Reino. Um abalo para o governo! Jesus corrige a resposta de Pedro: o Messias será vítima dos chefes e terá morte trágica. Pedro discorda. Jesus o chama de satanás, isto é, adversário, contrário ao projeto de Deus. O verdadeiro Messias se identifica com o Servo sofredor de Isaías (Is 53: pela paixão, à glória). Os seguidores de Jesus devem estar conscientes desse caminho que o Messias está percorrendo.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)É um subsídio mensal que contempla toda a caminhada litúrgica de cada mês. Apresenta ao leitor algumas opções de orações eucarísticas, um breve comentário dos santos e das leituras de cada dia, uma variada opção de cantos, além de trazer, a cada domingo, uma opção de círculo bíblico.
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