Igreja e Sociedade
30/08/2024
Por Jenniffer Silva
Mais de 60 pessoas feridas e duas mortes são, certamente, as consequências mais graves da série de queimadas que vêm afetando o interior do estado de São Paulo desde a segunda metade do mês de agosto.
A região conhecida por sua vasta área agrícola e por sua rica biodiversidade enfrenta um problema ambiental significativo. Embora a atenção geralmente se volte para grandes incêndios em regiões como a Amazônia, as queimadas no interior paulista também têm efeitos severos para o meio ambiente e a saúde pública.
Pelo que se sabe até o momento, as queimadas no interior paulista estão atreladas à ação humana, uma vez que é comum a utilização de fogo para limpar terrenos e preparar áreas para novos cultivos.
Essa prática, embora tradicional, é arriscada demais diante da mudança climática grave que provoca altas temperaturas, falta de chuva e diminuição dos níveis de umidade do ar para um estado considerado crítico.
Segundo informações da Defesa Civil estadual, o fogo já destruiu cerca de 34 mil hectares (equivalente a 34 campos de futebol) e mais de 45 municípios estavam em alerta máximo para incêndios. Entre os impactos, é possível classificá-las em três áreas: ambiental, saúde pública e desafios socioeconômicos.
Para o meio ambiente, a perda de biodiversidade pode destruir os habitats de muitas espécies, levando ao desequilíbrio ecológico.
O solo, por sua vez, perde significativamente sua capacidade de reter água e nutrientes. Sua degradação também pode aumentar a erosão e a poluição dos corpos d’água.
Neste sentido, caminhamos para os outros dois eixos de atenção: o aumento de problemas respiratórios fará com que a demanda dos serviços de saúde do Estado seja maior.
Na economia, a destruição das áreas e a redução da produtividade agrícola provocam a redução no lucro de agricultores e do setor turístico.
A obra “Onde fica o meio ambiente?”, escrito por Shirley Souza, busca refletir as questões ambientais e levar os jovens a consciência de atitudes efetivas em prol da preservação do Planeta.
A narrativa construída pela autora apresenta a história de quatro estudantes: Larissa, Norio, Luana e Diego, que se juntam para realizar um trabalho escolar em defesa do meio ambiente.
Assim como no livro, somos chamados a olhar para a realidade que nos cerca e colocar em prática novos hábitos, como fiscalizar o poder público para que a legislação seja cumprida, participar e promover campanhas de conscientização sobre os riscos das queimadas; incentivar e pesquisar o uso de tecnologias que ajudem a monitorar e prevenir queimadas; apoiar iniciativas de conservação que preservem a biodiversidade e melhorem a resiliência dos ecossistemas locais.
nenhum comentário
Jenniffer Silva
Jenniffer Silva é graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades Integradas Rio Branco, possui especialização em Jornalismo Digital pela Universidade Anhembi Morumbi e é pós-graduanda em Comunicação Corporativa pelo Senac São Paulo, além de formação em Análise de Marketing Digital, Assessoria de Imprensa e Jornalismo Cultural, também pelo Senac São Paulo.
