11 de agosto – 19º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
11 de agosto – 19º Domingo do Tempo Comum

PARA QUE TODOS TENHAM VIDA

Quando o estômago está vazio, procuramos imediatamente algum alimento capaz de saciá-lo. É urgente satisfazer essa necessidade, do contrário corremos o risco de desmaiar ou adoecer. E pensar que imenso número de pessoas nesta terra passa fome! Existe, porém, outra fome, que talvez aperte mais do que a fome corporal: é a fome espiritual, a necessidade de dar um sentido maior à vida, o anseio de encontrar um motivo mais elevado para cada dia que vivemos. 

Conhecedor das buscas profundas dos seres humanos, Jesus toma a iniciativa e vem em nosso socorro, oferecendo esse alimento salutar, indispensável. Ele mesmo diz: “Eu sou o pão que desceu do céu”, e diz também: “O pão que eu vou dar é a minha carne, para que o mundo tenha vida”. É a sua vida (“minha carne”) que Jesus entrega para que o mundo viva.

Para que sua preciosa oferta não caís­se no vazio ou no esquecimento, Jesus instituiu a Eucaristia, sacramento do seu Corpo e do seu Sangue – corpo entregue e sangue derramado –, como alimento para a caminhada cristã. A Eucaristia é o prolongamento da encarnação: “A Palavra se fez carne e armou sua tenda entre nós” (João 1,14). Veio morar em nosso meio e não nos abandona jamais. Junto com a Eucaristia, a Palavra de Deus, que é o próprio Jesus, tem o poder de preen­cher nossa busca interior. É alimento da vida eterna. Em que consiste a vida eterna? Não é uma realidade reservada só para depois desta vida. Não. Ela começa já neste mundo, à medida que vamos fortalecendo nossa comunhão com Jesus, com o Pai e com o Espírito Santo, e se prolonga após a morte. Jesus mesmo nos ilumina: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que tu enviaste, Jesus Cristo” (Jo 17,3). A Palavra de Deus é força indispensável para nossa peregrinação terrestre.

Busquemos, pois, os meios adequados para achegar-nos com frequência à mesa da Palavra, a fim de aplacar nossa constante fome de Deus. Fome que se manifesta como ardente desejo do sobrenatural, irreprimível vontade de entrar em comunhão com o Divino e de lutar por vida digna em favor de nossos irmãos e irmãs. Assumir permanente disposição de cultivar intimidade com a Palavra de Deus é o caminho para consolidar nossos laços de filiação e amizade com Ele, saciando nossa fome de infinito.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

Assinar