MISSÃO SEM PENDURICALHOS
Jesus envia os discípulos dois a dois. Na comunidade do Mestre, a vida comunitária é fundamental e o trabalho em equipe, indispensável! O papa Francisco tem insistido em uma Igreja que caminhe unida.
A missão é exigente. Por isso, os discípulos devem ser discretos e livres. Nada de penduricalhos ou indumentárias, nem de aparatos pesados e vistosos.
A mesma autoridade sua, Jesus a oferece aos missionários: expulsar os espíritos impuros, os demônios; ou seja, tudo o que representa o anti-Reino na sua forma mais crua, inatingível. O poder a eles concedido é serviço, não privilégio.
No tempo de Jesus, não se sabia explicar o que significavam as doenças da mente. Então, elas eram vistas como uma forma do mal, do demônio. A revelação do Reino começa no enfrentamento dessa força, daquilo que tira da pessoa o direito sagrado à liberdade. A chegada do Reino de Deus é a certeza da felicidade plena para todos.
Jesus deixa claro que o Reino tem de ser anunciado com rapidez. Não há tempo a perder. O discípulo é alguém resolvido, não cria dificuldades no caminho nem é guiado por calculismos frios.
Levar cajado e sandálias tem que ver com a preparação para a missão. O anúncio do Evangelho não pode ser amador. Daí a necessidade de formação contínua. O discípulo está em permanente aprendizagem. A humildade nos faz saber que há sempre algo novo para aprender.
Se, em algum lugar, os discípulos não forem acolhidos, eles não precisam esbravejar discursos condenatórios. Devem, porém, “sacudir o pó”. Ou seja, tolerar os outros que os rejeitam e seguir livremente o caminho, sem se deixarem pesar pela rejeição. Na generosidade não há espaço para lamentos vazios.
O anúncio da conversão é a centralidade da missão. Para o evangelista Marcos, converter-se é voltar para Deus, que está sempre voltado para nós. Quem se volta para o Senhor só pode ter o coração repleto de alegria.
Que nossa missão seja viver e comunicar a alegria do Evangelho, em toda parte; sobretudo, nas periferias geográficas e existenciais.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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