SEMEAR O BEM, CONFIANTES
Jesus servia-se de histórias, as parábolas, para se comunicar de modo compreensível com a multidão. O centro de sua mensagem é o Reino de Deus.
As duas parábolas do Evangelho de hoje espelham o olhar atento de Jesus sobre a realidade. Com elas aprendemos – juntamente com a multidão que o escutava – que o aparentemente corriqueiro, se lido com atenção, sempre guarda significado.
Jesus compara o Reino de Deus com a semente de mostarda. É minúscula! Lançada na terra, porém, torna-se árvore enorme (cf. Mc 4,31s). É assim que Deus age: oferece condições para que nossas boas obras, ainda que pequeninas, frutifiquem. O bem semeado costuma não fazer barulho. Raramente é reconhecido. Insistir em semeá-lo, no entanto, é missão de quem segue Jesus, do modo dele.
A parábola da pequena semente nos traz confiança. Em nosso caminhar, frequentemente temos a impressão de que as forças do mal se sobrepõem às frágeis sementes do bem. Depois de muita insistência em semear o bem, aparentemente com escassos resultados, podemos ser tentados a desanimar. O Evangelho de hoje, porém, traz-nos novo olhar, ampliando nosso horizonte e ajudando-nos a vislumbrar a presença de Deus em nossa vida e na história.
Para que o Reino de Deus se amplie, não nos é facultada a omissão. Ao contrário, adverte-nos o papa Francisco: “os resultados da plantação não dependem das nossas capacidades, mas da ação de Deus. Compete a nós semear, e semear com amor, com esforço e paciência. Mas a força da semente é divina”.
Na outra parábola, Jesus explica como isso ocorre: o semeador faz sua parte, ao semear; depois, embora não perceba o que acontece, a semente vai crescendo aos poucos (v. 26ss).
Somos chamados a confiar em Deus. Até mesmo no caso dos terrenos mais desfavoráveis, sempre há esperança no surgimento de jardins floridos e frutíferos, que a todos possam beneficiar. É assim que o Reinado de Deus começa a ser vislumbrado entre nós.
Pe. Darci Luiz Marin, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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